Rio - A Polícia Civil prendeu em flagrante, nesta quarta-feira (30), mãe e padrasto pela morte de um bebê de apenas 11 meses. Rayane Rocha dos Santos e Sidney da Silva Ferreira, ambos de 21 anos, responderão por homicídio qualificado e Rayane também por omissão de socorro.
De acordo com agentes da 21ª DP (Bonsucesso), a investigação começou após a vítima dar entrada na UPA da Vila do João, no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, com diversos hematomas pelo corpo. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) constatou lacerações e rupturas em órgãos internos da criança, provocados por ação contundente.
Na ocasião, o menino foi levado desacordado pela própria mãe ao hospital. Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que o bebê deu entrada na unidade em parada cardiorrespiratória, com sinais de trauma cranioencefálico (lesões na cabeça). Apesar dos esforços das equipes, ele não resistiu.
De acordo com a Polícia Civil, Sidney afirmou inicialmente que o enteado havia caído da cama e batido a cabeça. Em depoimento, o preso apresentou outra versão: ele caiu de uma escada em cima do bebê, quebrando seu celular. Ferreira, no entanto, não tinha lesões e o aparelho estava intacto.
Já mãe do menino alegou ser vítima de violência doméstica e desconfiava que os filhos eram agredidos por Sidney.
Antes de ser presa, Rayane fez um relato nas redes sociais negando as acusações de que teria agredido o próprio filho. "Peço que respeitem a dor de uma mãe que perdeu um filho recentemente. Vim, sob efeitos de remédios, não para me justificar, mas para pedir que parem de contar histórias que não existem! Só a perícia vai afirmar o que houve com meu filho e quem me conhece e estava comigo sabe o que realmente aconteceu e que eu não estava presente", disse.
"Eu ainda estou desacreditada que alguém possa ter feito uma crueldade tão grande com uma criança, mas a verdade vai chegar e eu estou ansiosa por esse momento. Quem me conhece sabe o quanto eu amava meus filhos e nunca seria capaz de matar ninguém, muito menos um ser que eu gerei. Quando eu o peguei nos braços do meu ex-companheiro, ele ainda estava respirando mas não resistiu", contou.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa do casal. O espaço está aberto para manifestações.
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