Bombeiros controlaram o incêndio de grandes proporções que atingiu a fábrica de óleo da MooveDivulgação/Governo do Rio

Rio - O incêndio de grandes proporções que atingiu a fábrica de óleo da Moove, antiga Cosan, na Ilha do Governador, foi controlado após oito horas de intenso trabalho do Corpo de Bombeiros neste sábado (8). Apesar do controle inicial, os militares seguem atuando durante a madrugada deste domingo (8) para extinguir completamente as chamas, realizar o resfriamento da área e proteger as regiões não afetadas, evitando uma nova propagação. Não houve feridos. 
Ao todo, mais de 100 bombeiros de 20 unidades do estado do Rio foram enviados ao local por volta das 12h30, quando uma densa fumaça preta se espalhou na região. Veja o vídeo!
"Nossos bombeiros estão atuando incansavelmente no combate às chamas e na proteção das áreas próximas. Montamos um gabinete de gestão dessa emergência, coordenado pela Defesa Civil estadual, que atua com órgãos estaduais e municipais, para tomada de decisões de forma ágil e assertiva. Seguimos acompanhando a situação de perto e prestando toda a assistência necessária. A Polícia Militar está garantindo a segurança no local e a Polícia Civil vai investigar as causas do incêndio", afirmou o governador Cláudio Castro.
De acordo com o secretário de Estado de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Tarciso Salles, o trabalho segue sem interrupções e previsão de término. "Estamos utilizando diversas técnicas de combate as chamas, como por exemplo, os líquidos geradores de espuma, que são indicados para o combate à incêndios em líquidos inflamáveis. Parte da estrutura cedeu, o que possibilitou que fizéssemos o combate também com as nossas escadas e plataformas mecânicas. Drones colaboraram muito no trabalho, realizando um mapeamento térmico em toda a área atingida. Seguiremos atuando, por prazo indeterminado", disse o secretário.

A Polícia Civil, por meio da 37ª DP (Ilha do Governador), acompanha a ocorrência. Uma perícia será realizada no local para apurar as causas do incêndio e esclarecer as circunstâncias do ocorrido.

Monitoramento ambiental na Baía de Guanabara

Diante da possibilidade de vazamento de óleo e outros resíduos na Baía de Guanabara, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) foi acionado para avaliar eventuais impactos ambientais. Em conjunto com a Capitania dos Portos, o governo ativou o Plano de Área da Baía de Guanabara, estratégia voltada para o controle e mitigação de danos ambientais. Além disso, o órgão disse que vai apurar as causas e respostas da empresa ao incêndio e aplicará as sanções cabíveis.

Como medida preventiva, o Instituto mobilizou duas lanchas e quatro embarcações de resposta a emergências, equipadas com barreiras de contenção e absorção, além de 2 mil litros de líquido gerador de espuma (LGE) para auxiliar no combate às chamas. Outras quatro embarcações com bombas de lançamento d’água também foram deslocadas para reforçar a contenção dos impactos ambientais.

"Desde que fomos acionados, destacamos três equipes do Inea a fim de dar respostas rápidas, prevenir e conter possíveis danos ambientais provocados pelo incêndio. Nossos especialistas em emergências ambientais, assim como os parceiros que compõem o Plano de Área da Baía de Guanabara, estarão mobilizados 24 horas por dia até que tudo seja normalizado e não existam mais riscos para o meio ambiente", destacou o secretário do Inea, Bernardo Rossi.
O que diz a Moove
Procurada, a Moove informou que a fábrica estava inoperante neste sábado. Esclareceu, ainda, que o incêndio ficou restrito à área da companhia e ocorreu na área produtiva da fábrica, sem atingir a área dos tanques de armazenamento. "Todos os protocolos de segurança necessários estão sendo aplicados", disse a empresa por meio de nota.
O Inea informou que a empresa conta com licença de operação ativa com validade até 28 de outubro de 2029.