A Maximus Confecções, responsável por fantasias de diferentes escolas da Série Ouro, pegou fogo no último dia 12 Pedro Teixeira/Agência O Dia
Última vítima de incêndio em Ramos recebe alta
Outras três já haviam sido liberadas do Hospital Getúlio Vargas na quinta-feira passada (27)
Rio – Davi Mendes, um dos 21 funcionários da Maximus Confecções resgatados pelo Corpo de Bombeiros durante o incêndio na fábrica situada em Ramos, Zona Norte do Rio, em 12 de fevereiro, teve alta do Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, no sábado (1º). Ele foi a última vítima do incidente a ser liberada.
Na semana passada, seis pacientes que ainda estavam internados no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, também haviam recebido alta – três na terça-feira (25), e outros três na quinta (27).
A única morte registrada foi a de Rodrigo de Oliveira, em 16 de fevereiro. Ele, assim como os demais trabalhadores, não sofreu queimaduras, mas inalou grande quantidade de fumaça tóxica e não resistiu a complicações no sistema respiratório.
O caso
A Maximus era responsável por confeccionar uma parte significativa das fantasias de escolas da Série Ouro Arranco do Engenho de Dentro, União do Parque Acari, União da Ilha, Porto da Pedra, Império Serrano, Unidos da Ponte e Unidos de Bangu – as últimas quatro foram as mais afetadas e não serão rebaixadas no Carnaval 2025.
A fábrica tinha licença da prefeitura para atuar com confecções, mas apresentava diferentes irregularidades. Por exemplo, falta de um certificado do Corpo de Bombeiros e de uma autorização da Receita Federal para operar. Além disso, Polícia Civil e Light identificaram no imóvel, no último dia 13, ligações clandestinas de energia, mais conhecidas como 'gatos' de luz.
Devido à aproximação do Carnaval, todas as máquinas de sublimação, corte e costura operavam 24 horas a partir de conexões irregulares com a rede.
Na ocasião, o delegado Tiago Dorigo, titular da 21ª DP (Bonsucesso) e responsável pelas investigações, afirmou que uma das principais suspeitas é de que o incêndio tenha começado no maquinário do primeiro andar. A informação coincide com os relatos de trabalhadores que ficaram presos na fábrica. Segundo eles, as chamas tiveram início no térreo.
A polícia também constatou que há dois CNPJ's funcionando no mesmo local da fábrica. Trata-se da Maximus Ramo Confecções de Vestuário e a Bravo Zulu Confecções e Representações Ltda. Segundo Dorigo, as duas empresas estão registradas para a mesma função.
A reportagem procurou o delegado para buscar informações atualizadas sobre as investigações, mas não teve retorno até o momento.
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