Amanda Soares, mais conhecida como Mandy Gin Drag, foi assassinada a facadas em São Gonçalo, em fevereiro de 2024Reprodução/Redes sociais
Homem que matou mulher trans a facadas é condenado a 25 anos de prisão
Amanda Soares foi assassinada por Marlon da Silva; crime foi motivado por transfobia
Rio - Marlon Nascimento da Silva foi condenado a 25 anos de prisão, nesta quinta-feira (28), pelo assassinato da mulher transexual Amanda de Souza Soares, ocorrido em fevereiro de 2024, no bairro Jardim Nova República, em São Gonçalo, na Região Metropolitana.
Segundo as investigações, Amanda, que era conhecida como Mandy Gin Drag, foi atraída por Marlon para uma conversa e morta a facadas. O crime foi motivado por transfobia, já que o réu queria ocultar a relação, inclusive sexual, que mantinha com a vítima.
Marlon recebeu quatro condenações por motivo torpe (transfobia), meio cruel, traição e feminicídio. Na sentença, a juíza destacou a crueldade: "O crime foi praticado em razão da transfobia do réu, que nada mais é do que uma espécie de feminicídio, só que velado, oculto".
Além da pena de prisão, também foi fixado o pagamento de indenização por danos morais aos familiares da vítima.
Relembre o caso
A mulher transexual Amanda de Souza Soares recebeu uma ligação em 31 de janeiro e saiu às pressas, deixando a casa onde morava, em São Gonçalo, aberta e com as luzes acesas. No dia seguinte, policiais do 7º BPM (São Gonçalo) foram acionados para uma ocorrência de homicídio no Jardim Nova República. No local, os militares encontraram o cadáver e isolaram a área para perícia. Em seguida, o corpo foi removido pelos bombeiros e levado ao Instituto Médico Legal (IML).
Em 3 de fevereiro, Amanda foi sepultada no Cemitério Parque da Paz, também na Região Metropolitana. Amigos e familiares se despediram de Mandy Gin Drag, como era conhecida.

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