Muita emoção e harmonia entre os atletas marcaram os Jogos da BaixadaFotos Erica Martin/ Agência O Dia

Depois de quatro fins de semana, chegou ao fim no domingo passado, no SESC de São João de Meriti, os XXIII Jogos da Baixada, o maior evento socioesportivo da região, realização do jornal O DIA com 14 prefeituras: Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaguaí, Japeri, Magé, Mangaratiba, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, São João de Meriti e Seropédica, apresentação do
SESC, patrocínio da Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude do Rio de Janeiro, além de apoio de Vidas Emergências Médicas e TIM.
A proposta é não somente fomentar o esporte como um instrumento de inclusão, mas fortalecer seu lado socioeducacional — os alunos têm que ter boa frequência e boas notas na escola — e até descobrir novos talentos. 
Tanto a abertura quanto o primeiro dos fins de semana aconteceram na Vila Olímpica de Duque de Caxias, com a presença de prefeitos, secretários de Esporte, autoridades locais e convidados, além do vice-presidente do DIA, Marcos Rezende, e reuniu cerca de 2 mil alunos/atletas de até 17 anos, divididos em categorias sub-14 e sub-17, de escolas municipais de 14 municípios da Baixada nas modalidades atletismo, vôlei, handebol, futsal, basquete, xadrez e natação.
Depois da apresentação de abertura, os atletas fizeram seu juramento e a pira foi acesa pelo atleta caxiense Rafael Santos, o Mamute, de 36 anos. Rafael começou no mundo do esporte aos sete anos, no futsal. Depois passou pelo boxe, pelo muay thai e jiu-jítsu e atualmente representa o MMA.
Originalmente, os XXIII Jogos da Baixada deveriam, seguindo o programado, ter acontecido nos seguintes lugares: Vila Olímpica de Caxias no primeiro fim de semana; Colégio Metodista de Queimados, no segundo; Vila Olímpica de Mesquita, no terceiro; e Sesc de São João de Meriti, no último.
Mas, como imprevistos acontecem, as atividades que seriam em Queimados, em função de decreto com medidas sanitárias publicado pela prefeitura local, foram transferidas: a final do futsal masculino sub-14 teria ido para Caxias, mas uma chuva na noite da véspera molhou todo o campo e o evento foi transferido e adiado para o fim de semana seguinte, na Vila Olímpica de Mesquita. As demais atividades foram
para Paracambi, que se ofereceu para receber o evento.
A secretária municipal de Esportes, Jakeline Saldanha, lembrou que a Paracambi até então nunca havia sediado os Jogos: “Aqui são somente 30 escolas, mesmo considerando as particulares. É muito menos que os outros municípios da Baixada. Para sermos celeiro de atletas é muito difícil. Esta etapa que
veio para cá mobilizou toda a cidade. As próprias matérias do DIA sobre nós repercutem muito por aqui.”
Ela lembra que a equipe se preparou para ser campeã no vôlei masculino sub-17, mas não deu (o primeiro
lugar foi de Nova Iguaçu). “Mas no vôlei feminino sub-17, a torcida ajudou muito. Fora isso, a gente trabalhou pra caramba.”
Recepção de Paracambi é elogiada
A secretária municipal de Esportes, Jakeline Saldanha, inclusive, ao final de todo o evento, na hora da premiação, recebeu agradecimento e homenagem especial do professor Antônio  Prazeres, coordenador dos Jogos da Baixada desde a primeira edição, justamente pelo modo como Paracambi recepcionou a organização do evento.
“Paracambi sempre foi 13º, 14º lugar. Desta vez, terminou os Jogos em 6º lugar. Além da prefeita Lucimar Cristina, todos nos receberam bem. A cidade trouxe harmonia para os
Jogos e empatou com Caxias, sempre tradicional, só perdendo por critério de desempate. A Jakeline, única mulher à frente da Secretaria de Esportes das cidades competidoras, teve uma participação brilhante”, lembra o professor. Na abertura, a prefeita já havia manifestado felicidade por sua cidade participar: “Quando assumi, não participávamos.”
Segundo Prazeres, “o que me deu mais satisfação neste ano foi a harmonia entre os municípios e o respeito entre técnicos e equipes”, também acrescentando que Mangaratiba mereceu
destaque especial pelo título de futsal.
Mesquita comemora o sucesso do seu trabalho com o primeiro lugar geral entre as cidades
O grande destaque desta edição dos Jogos da Baixada também foi o município de Mesquita: foi a primeira vez em 22 anos que alguma cidade fora da “dobradinha” Duque de Caxias-Nova Iguaçu teve tantas vitórias. Mesquita, inclusive, levou o primeiro lugar na premiação geral entre as cidades, justamente por todo o seu trabalho.
Segundo o subsecretário de Cultura, Esportes, Lazer e Turismo de Mesquita, Kleber Rodrigues, a cidade tem investido no esporte sobretudo estudantil, até porque saneou a educação — diz — e hoje ela é superavitária, apesar de ser um dos que tem menos fonte de renda no Estado do Rio.
“Mesquita hoje é o município mais transparente do Brasil, segundo o TCU. Temos investido pesado em saúde e educação. E o Jogos fazem parte disso.”
Na hora de receber o prêmio de primeiro lugar, Kleber disse que o troféu representava as 11 cidades pequenas da Baixada, à exceção das sempre campeãs Caxias e Nova Iguaçu, pelo trabalho de base que vem sendo feito.
O segundo lugar geral ficou com Nova Iguaçu.
A cidade anfitriã do último fim de semana, São João de Meriti, ficou em terceiro. “Chegar em terceiro lugar foi um feito inédito. É reflexo de 1,5 ano de trabalho sério na prefeitura”, comemorou o secretário de Esporte e Lazer de São João, Dinho Meriti. Aliás, Dinho, justamente por isso, inclusive, recebeu o prêmio de dirigente-revelação do ano.
Ainda na premiação geral, o quarto lugar ficou com Belford Roxo e o quinto, com Duque de Caxias. Paracambi veio em sexto.
O encerramento também contou com a presença de Adriano Santos, presidente da Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro (Suderj), responsável por ter feito de Nova Iguaçu campeã geral por 10 anos nos Jogos da Baixada anteriores.
Quem perdeu, agora só no ano que vem. Mas, para não ficar totalmente de fora, você pode acompanhar tudo o que aconteceu neste ano pelo Facebook (https://
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