Por claudio.souza

Rio - Os estudantes que utilizam o Passe Livre Universitário e não fizeram o recadastramento terão o benefício suspenso a partir desta terça-feira. Estão isentos do corte e da necessidade de novo cadastro os alunos cotistas ou bolsistas do ProUni. Segundo a empresa, os usuários começaram a ser avisados, pelos contatos do cadastro, na semana passada, sobre a necessidade de realizar o recadastramento para continuar a utilizar o benefício, que permite o acesso gratuito ao sistema municipal de ônibus do Rio de Janeiro.

De acordo com a RioCard, o novo cadastro é importante para reduzir o número de fraudes e o uso frequente do benefício fora das atividades escolares.

Os estudantes da modalidade de autodeclaração de renda terão benefício cortadao a partir desta terçaBanco de imagens


Os alunos devem agendar o atendimento pelo site da RioCard (https://www.cartaoriocard. com.br/rcc/gratuidade/ passeLivre) e comparecer ao posto indicado, levando os documentos necessários. Segundo a RioCard, somente os portadores do benefício pela modalidade de autodeclaração de renda, não afetando os estudantes cotistas e bolsistas de instituições públicas.

O Passe Livre Universitário é atualmente a gratuidade que registra o maior número de viagens por usuário no sistema de transporte municipal, segundo a RioCard. Em 2016, cada estudante embarcou, em média, 321 vezes, um número 73% superior à média dos idosos e quase o dobro da média de estudantes da rede pública.


Embora sejam os usuários mais frequentes do benefício tarifário, os estudantes universitários representam apenas 4% do total de passageiros que utilizam a gratuidade no transporte público, informou a empresa. Os idosos são 55% e os estudantes da rede pública (municipais e estaduais), 34%.


A RioCard ressalta que o uso repetido do benefício tarifário fora das atividades escolares contraria a proposta original do PLU, que tem como finalidade apoiar os estudantes durante o ano letivo, como determina o decreto municipal 38.280, de 29 de janeiro de 2014.


A empresa identificou mais de 7.200 evidências de fraude no uso da gratuidade do PLU, a partir do monitoramento por meio do sistema de reconhecimento facial nos ônibus.


Apesar da utilização fora do contexto escolar e das fraudes constatadas com o cartão PLU, desde 2014 foram feitas 73 milhões de viagens gratuitas por universitários, somando uma despesa de R$ 256 milhões – valor integralmente absorvido pelas empresas do setor. Até agora, a nova administração não apontou a fonte de custeio do benefício, como prevê a Lei Orgânica do Município.

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