Por aline.cavalcante

Cidadania, direitos, cultura na Baixada Fluminense... temas discutidos pelo Cineclube Buraco do Getúlio ao longo dos últimos dez anos. E para comemorar uma década de existência o coletivo está organizando uma exposição no Complexo Cultural de Nova Iguaçu. A mostra contará a história do Cineclube do dia 19 até o dia 29.

O ‘Buraco’, como é carinhosamente chamado pelo público, possui uma biografia de resistência cultural. O que há dez anos era uma ideia despretensiosa de um grupo de estudantes de audiovisual, hoje se tornou uma das ações culturais mais importantes da região.

“Apesar da falta de verba e apoio nós sobrevivemos. A Baixada é rica em cultura alternativa. Há dez anos o Cineclube se propõe a acabar com esse medo da rua, transformando-a em um ponto de encontro”, diz Diego Bion, fundador do cineclube ‘Buraco’.

A Praça dos Direitos Humanos, na Via Light, em Nova Iguaçu, é o palco deste coletivo.

Ações acontecem a cada dois meses na Praça dos Direitos Humanos%2C na Via Light%2C em Nova IguaçuDivulgação

Os eventos acontecem todo segundo sábado do mês a cada dois meses e reúne cerca de 300 pessoas. 

Nestas ações acontecem batalhas de rima e rap, com temas sobre preconceito e cotidiano, e debates e leituras de poesias abertos ao público.

Ao longo dos anos o público também foi se modificando. “A juventude tem curiosidade de conhecer novas coisas, novas ideias, novos movimentos. Eles estão descobrindo o amor pela Baixada. É uma galera muito cabeça aberta, em expansão de horizontes”, conta Bion.

Outra conquista do coletivo é produzir e reunir quem faz a cultura acontecer na região. “A Baixada está desmistificando a mentalidade de que é apenas consumidora, passando a produzir conteúdo. Saímos só do cineclube e nos tornamos uma intervenção urbana multimídia”, afirma Diego.

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