Por karilayn.areias

Rio - Com a vitória na histórica 20ª edição dos Jogos da Baixada, no último domingo, a cidade de Duque de Caxias retoma a hegemonia do maior evento socioesportivo da região. E com soberania. Foi o 13º título em 20 anos. Os outros sete foram conquistados por Nova Iguaçu, que lutava pelo bicampeonato. Em meio a essa disputa pela soberania da competição, outros municípios se superam a cada edição para quebrar tabus. Foi o que aconteceu neste ano em algumas modalidades, com os títulos inéditos de Seropédica no handebol, de Queimados na natação, de Mesquita no futsal e de Paracambi no basquete.

O time de Mesquita (uniforme amarelo) venceu Meriti na final e levou o ouro inédito no futsal sub-14Divulgação

Logo na primeira semana após o fim da competição, no domingo passado, alguns técnicos já comandavam treinamentos em suas cidades. E eles afirmam: a preparação durante o ano inteiro é o que garante o bom resultado nos Jogos da Baixada. Em Duque de Caxias, o amplo favoritismo no xadrez e no atletismo é reflexo disso. A cidade nunca perdeu o título nessas modalidades.

“Desde 1995, quando nos filiamos à Federação de Atletismo do Estado do Rio, temos um trabalho de renovação de atletas na Vila Olímpica ano após ano. Quando terminam os Jogos da Baixada, focamos os treinos no calendário de competições locais, inclusive a nível nacional e internacional”, explica Waldir Valentim, um dos técnicos das equipes de atletismo de Caxias.

Outro fator que faz a diferença, segundo os organizadores dos Jogos da Baixada, são as competições estudantis que acontecem em Duque de Caxias, em Nova Iguaçu e em Queimados. Não à toa, são as cidades que mais pontuam na competição. Magé e Mesquita começam as disputas escolares neste ano.

Nova Iguaçu, que levou os quatro ouros disputados no vôlei, também tem tradição no handebol, no futsal e no futebol. Técnico dos times de vôlei da cidade, Marcos Vinicio reafirma a importância de manter os times treinando o ano inteiro. Participar de outros torneios, inclusive fora do estado, também faz parte da estratégia do técnico para manter suas equipes competitivas. “Acabamos de voltar de Minas Gerais, onde vencemos a 2ª Copa Barbacena de Vôlei”, diz.

Já Luis Carlos Amâncio, o Cacau, treinador das equipes de futsal e futebol de Nova Iguaçu, mantinha os treinos no campo do Cabuçu nesta semana. Em 2017, as medalhas não vieram. Mas os possíveis destaques nos Jogos da Baixada em 2018 já estão sendo selecionados. 

A história do evento serve como motivação aos atletas

A caminho da Vila Olímpica de Caxias para a última rodada da 20ª edição dos Jogos da Baixada, no fim de semana passado, os atletas dos times de basquete de Queimados foram lendo jornal dentro do ônibus. Eram recortes do DIA trazidos pelo técnico Bruno Freire, o Space, com reportagens sobre vitórias marcantes de Queimados no maior evento socioesportivo da Baixada.

Bruno Space%2C de óculos%2C com os times femininos de basquete de Queimados%3A duas pratas e um bronzeDivulgação

“Uso as matérias como fator de motivação. Digo a eles que, se quiserem sair no jornal, têm que trazer o título para casa”, diz o treinador, que começou na competição como atleta aos 12 anos de idade.

Neste ano, o ouro não veio. Mas aí está a foto ao lado. Após a conquista de duas medalhas de prata e uma de bronze, a equipe de Queimados posa no meio da quadra de basquete.

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