Ao todo, 46 pessoas se inscreveram para o curso, que terá 14 dias de duração em dias alternados do mês de setembro, com aulas teóricas e práticasDivulgação / Lucas Alvarenga

SÃO GONÇALO - Formar pessoas capazes de identificar as ameaças naturais e proteger tanto a si quanto ao coletivo nos períodos de desastres é o objetivo do curso de voluntariado da Defesa Civil de São Gonçalo, que teve sua aula inaugural realizada nesta terça-feira (31), no auditório da Secretaria de Saúde e Defesa Civil de São Gonçalo, no bairro Boa Vista. O subsecretário de Defesa Civil, coronel-BM Fernando Rodrigues, deu as boas-vindas aos "alunos" e resumiu como deve ser um voluntário e o que verão no curso, ministrado por agentes da própria Defesa Civil.
Ao todo, 46 pessoas se inscreveram para o curso, que terá 14 dias de duração em dias alternados do mês de setembro. Eles receberão noções básicas de Defesa Civil e voluntariado, comunicação de emergência, abrigos temporários, produtos perigosos, acionamento de sirenes, combate a princípios de incêndio e atendimento pré-hospitalar. Além das aulas teóricas, os voluntários da Defesa Civil também participam de aulas práticas.
“Os ministrantes prepararam um programa de matérias sobre o que é um risco, o que é uma ameaça, o que é área suscetível, o que é estar vulnerável. Vocês terão a habilitação necessária para que saibam a sua ação, qual é a sua parte, o que devem fazer, como podem colaborar e entender como funciona todo esse processo antes do desastre para que possam melhor participar nesse cenário entendendo o que está acontecendo”, explicou o subsecretário.
Após a formação do curso, a Defesa Civil continuará com o trabalho de integração e cooperação com os voluntários, que serão multiplicadores das ações nas comunidades em que estão inseridos para prevenir acidentes e desastres. Atualmente, a pasta conta com 65 voluntários cadastrados e é a segunda turma a ser formada por esta gestão.
“Defesa Civil não é um trabalho de gabinete, mas de campo. Todos temos que estar unidos. É sacrificante, trabalhamos por amor ao próximo e com a dor dele. O que a equipe busca é minimizar ao máximo essa dor por meio da redução de risco de desastre e preservando, ao máximo, o número de vidas. Eles vão aprender também sobre isso com a Coordenação de Risco de Desastres, que cuida da capacitação desse treinamento”, falou o coronel.
Entre os participantes, estão lideranças comunitárias e moradores de diversos bairros. Elaine Moraes Vaz, de 42 anos, moradora do bairro Boa Vista, estava na aula e destacou a vontade de ajudar as pessoas como primordial no curso. “Gosto de aprender coisas novas. Já fiz trabalhos sociais e quero dar uma assistência melhor para essas pessoas”, disse a repositora. Já a vendedora Jaqueline Ribeiro, de 39 anos, também moradora do Boa Vista, quer ajudar seus vizinhos. “Sempre gostei de ajudar as pessoas, mas quero ajudar, principalmente, a minha rua e minha comunidade”, revelou.
O rodoviário e líder comunitário Jorge Luiz dos Santos, mais conhecido como Jorge Perereca, de 59 anos, morador de Itaúna, também quer ajudar a sua comunidade. “Eu quero aprimorar os meus conhecimentos e ajudar a comunidade a saber lidar com as enchentes e fazer com que ele melhore com a ajuda da Defesa Civil e do poder público, olhando mais pelo bairro e toda a região”, explicou Jorge.
O subsecretário de Defesa Civil ainda lembrou da doação em ser voluntário do órgão, sua importância para a cidade e agradeceu aos futuros colaboradores. “A gente se doa, não tem horário, estamos à disposição 24 horas. Vamos deixar a família para estar com pessoas que a gente não conhece para ajudar e cuidar. É um trabalho gratificante, não existe remuneração para isso. Qualquer dúvida, a Defesa Civil está à disposição. Vocês já fazem parte da Defesa Civil”, finalizou.