As atividades de encerramento aconteceram nas Unidades de Saúde da Vila São José e da Vila TiradentesDivulgação

Profissionais da saúde e meritienses cadastradas nas Unidades de Saúde municipais participaram, nesta terça-feira (28), de uma roda de conversa que marcou o encerramento das atividades de prevenção ao suicídio relacionadas com o Setembro Amarelo em São João de Meriti. O objetivo da campanha é ressaltar a importância na identificação de situações em que é necessário garantir apoio e ajuda às pessoas que se encontram emocionalmente vulneráveis.
As atividades de encerramento aconteceram nas Unidades de Saúde da Vila São José e da Vila Tiradentes, mas ao longo do mês, psicólogos, enfermeiros e técnicos da rede municipal participaram de um bate-papo nas 19 unidades da Atenção Básica de Meriti.
A Psicóloga da Estratégia de Saúde da Família Meiry Veras, de 53 anos, participou da conversa na Vila Tiradentes e reforçou a importância de falar sobre esse assunto: "Como psicóloga, eu cuido de transtornos emocionais e percebi que durante essa pandemia, além da covid, estamos vivendo uma outra pandemia que é a das doenças psíquicas. O número está crescendo cada vez mais e, por isso, a nossa preocupação precisa ser focada no próximo. É praticar a empatia e não só ouvir o que o outro fala, mas escutar", disse Meiry.
Embora não haja causas únicas que expliquem o suicídio, algumas situações recorrentes podem levar o ser humano a tal ato: estresse e isolamento social, perda de emprego, dificuldades financeiras, problemas de relacionamento, traumas (principalmente abusos sexuais), depressão, esquizofrenia, abuso de álcool, baixa autoestima, sofrimento em relação à própria orientação sexual, doenças e dores crônicas, guerras e grandes conflitos.
As atividades de encerramento aconteceram nas Unidades de Saúde da Vila São José e da Vila Tiradentes - Divulgação
As atividades de encerramento aconteceram nas Unidades de Saúde da Vila São José e da Vila TiradentesDivulgação
Relato
Cadastrada na Unidade, a meritiense Valeria procurou por ajuda quando se viu sem saída diante dos problemas da vida:
"Perdi meu marido e quase perdi minha filha e neta. Estou em depressão e minha filha também. Ouvi dela que a solução dos problemas era se matar e matar minha neta. Preciso ser forte, mas como se eu também estou fragilizada? A força precisa ser de Deus, mas nós precisamos também de ajuda especializada senão a gente não aguenta”, disse.
Para pacientes que sofrem de transtornos psicossociais e precisam de ajuda, o município possui unidades do Centro de Atenção Psicossocial que estão de portas abertas para atender à população de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Confira os locais:

- Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas Marinheiro João Cândido - Rua Clara Costa, 19 - Centro de São João de Meriti

- Centro de Atenção Psicossocial Infantil - Av. Presidente Lincoln, 126 - Jardim Meriti

- Caps ll Vonica - Rua Cacilda, 1267 - Agostinho Porto