Rio - A corrida na areia está entre as atividades mais saudáveis e prazerosas, especialmente pelo visual que proporciona aos adeptos. Mas antes de dar a largada para a boa forma, além da consulta de rotina com um cardiologista, os praticantes devem ser avaliados por um ortopedista para saber se está tudo em ordem com articulações e músculos.
Segundo Marcello Serrão, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e especialista em cirurgia desportiva, devido à irregularidade do terreno, o corpo precisa gastar mais energia para se adaptar ao treino.
"Pesquisas norte-americanas mostram que é possível gastar até 60% a mais de calorias a cada 1,6 km percorrido na areia em comparação ao asfalto", afirma Serrão.
Ainda de acordo com o médico, também há um trabalho contínuo da musculatura das pernas na areia da praia. "Outra característica bem importante é o equilíbrio, função que pode ser usada numa etapa específica de algum tratamento, como na reabilitação de uma cirurgia", explica Marcelo Serrão.
NOVOS PRATICANTES
Embora não haja limite de idade para se tornar um adepto da corrida na areia, o ortopedista faz observações importantes. "O praticante deve optar pela areia fofa e evitar as inclinações, pois elas facilitam a aparição de lesões nos joelhos e tornozelos. Não se deve usar tênis, mas é preciso estar atento a objetos cortantes", diz.
Vale lembrar que para um iniciante é preciso que a corrida seja mais leve, já que o terreno exige mais da musculatura. Também é importante o uso do protetor solar, além de manter o corpo hidratado. Segundo especialistas, o melhor horário para a prática é antes das 10h e após as 16h.
REGISTRO PROFISSIONAL
Para aqueles que pretendem contar com ajuda de um profissional, o Conselho de Educação Física do Rio de Janeiro (Cref1) faz uma alerta. De acordo com a supervisora de fiscalização, Giovanna Pereira, é preciso checar o registro de academias e dos profissionais envolvidos. "Os estabelecimentos também devem possuir registro de Pessoa Jurídica junto ao Cref1", explica. Ainda segundo Giovanna, somente no primeiro semestre de 2018 foram flagrados 195 falsos profissionais atuando na orla. Além disso, foram encontradas mais de mil irregularidades.