Operação teve início após quatro carros e uma moto adulterados serem apreendidos nos últimos dois mesesDivulgação/Semop PMVR
Volta Redonda - A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) deu início a uma força-tarefa para tirar das ruas de Volta Redonda veículos clonados. A operação, que conta com o uso de câmeras de leitura de placas veiculares, teve início após quatro carros e uma moto adulterados serem flagrados e apreendidos nos últimos dois meses na cidade.
Até o momento, cerca de 120 veículos com indícios de fraude foram inseridos no sistema de monitoramento da Semop. A “lista negra” da clonagem foi criada a partir de reclamações de condutores e do cruzamento de dados com sistemas de segurança de outros municípios, como por exemplo Niterói. A cidade da região Metropolitana do estado conta com o mesmo sistema de monitoramento usado pela Semop em Volta Redonda, o Sentry. Isso gera uma integração, possibilitando flagrar veículos com a mesma placa circulando no mesmo dia nas duas cidades em um curto espaço de tempo.
“Se não fosse pela tecnologia empregada, dificilmente esses casos de clones que temos identificado seriam descobertos. O investimento feito pelo Poder Público Municipal em tecnologia e em softwares de ponta vem se mostrando acertado. Resolvemos fazer esse levantamento, porque recebíamos muitos condutores que eram multados e alegavam nunca terem passado por aqueles locais”, disse o secretário municipal de Ordem Pública (Semop) de Volta Redonda, coronel Luiz Henrique Monteiro Barbosa.
Entenda o crime
A clonagem acontece quando criminosos trocam a identificação e os documentos de um veículo para que ele pareça ser regular. Normalmente utilizam-se de carros ou motos furtadas. Com características semelhantes, o proprietário do veículo que se encontra em situação regular passa a receber multas de trânsito e pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por infrações relacionadas ao veículo clonado. Em algumas situações o proprietário chega a pagar as multas sem ter conhecimento real do cometimento da infração.
“A nossa atuação, logicamente, se dá para responsabilizar o criminoso pelo ato ilícito, mas também para proteger aquele que tem seu carro regular e está sofrendo, ou pode sofrer consequências como multas, responder por um crime que não cometeu e etc.”, enfatizou o secretário.
Coronel Henrique alertou ainda para os perigos da compra de carro sem verificar a regularidade junto aos órgãos de trânsito.
“Em caso de clones, o comprador acaba perdendo o veículo, fica com o prejuízo e ainda corre o risco de responsabilização penal. Por isso, busque checar a procedência do veículo junto aos órgãos competentes antes de fechar qualquer negócio”, apontou.
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