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Dois anos após a descoberta do surto da microcefalia no Brasil por Pernambuco, que alertou o mundo para o problema, o estado não se descuidou dos casos e saiu, de novo, na frente. É lá que cães estão sendo usados, pela primeira vez, no tratamento de crianças com microcefalia. O projeto Pele e Pelo, criado pelo veterinário Wasley Bezerra, da Universidade Federal do Vale do São Francisco, em Petrolina, conta com psicólogos, fisioterapeutas, adestradores e assistentes sociais. E já há resultados.

Segundo Bezerra, há crianças que já abrem a mão e outras, que sustentam o pescoço, graças a ajuda de dois cães da raça samoiedas, originária da Rússia, escolhida por ter temperamento tranquilo. Um deles é uma fêmea, o que ajuda ainda mais devido ao instinto materno. Ele conta ainda que quando os bebês choram, ela se aproxima e que sua respiração os acalmam, pois o batimento do cão é mais tranquilo. Como são pequenas e leves, ela até permite que as crianças deitem nela. E mesmo os bebês tendo pouca compreensão, eles sabem que o animal é para o bem-estar deles.

A ideia do projeto Pele e Pelo foi adiante por conta do resultado positivo que os cães já faziam no tratamento de idosos. No programa, as mães das crianças, todas de famílias carentes, também são assistidas pelos psicólogos. O sucesso é tanto que outros estados estão interessados e já procuraram Bezerra. Mas por falta de recursos e de voluntários, o projeto só atende a cinco crianças de um ano e meio uma vez por semana e tudo é custeado pelos participantes do projeto. Vamos ajudar a ampliar essa causa!

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