Geraldo Xexéo, professor de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe e do Departamento de Ciência da Computação/UFRJ, colunista do DIA - Divulgação
Geraldo Xexéo, professor de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe e do Departamento de Ciência da Computação/UFRJ, colunista do DIADivulgação
Por Geraldo Xexéo Professor de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe e do Departamento de Ciência da Computação/UFRJ

Os smartphones estão se tornando rapidamente os assessores pessoais previstos pela ficção científica. Para usufruir os benefícios que eles nos oferecem, permitimos que mantenham uma enorme quantidade de informações sobre nós. Isso faz com que se tornem um ponto crítico de risco para a segurança dessas informações e, consequentemente, uma ameaça à nossa privacidade.

Praticamente todo aplicativo de celular parte da suposição que ele está nas mãos corretas. E-mail, rede sociais, compra e reserva de serviços mantêm o usuário sempre online, nunca pedindo a confirmação de senhas.

Ao furtar um celular, qualquer um pode facilmente se fazer passar por seu proprietário e obter vantagens indevidas. As informações que deixamos acumular facilitam isso, contando coisas sobre nós que permitem fazer um mapa detalhado de nossa vida, aumentando o risco e a vulnerabilidade.

Imaginem alguém que pega todas as suas chaves, cartões, fotos, documentos, o dinheiro que tem em casa, seu diário, suas senhas e, no fim, coloca tudo em uma caixa de sapato e fica andando com ela pela rua. Absurdo? É isso que muitas pessoas fazem com seus celulares.

Uma regra simples de segurança da informação é que quanto mais facilidades temos, mais riscos corremos. É muito mais fácil entrar em casa se a porta estiver aberta, mas, para nossa segurança, trancamos as portas e usamos chaves. Para proteger a privacidade, é necessário diminuir os riscos. É possível evitar o acesso de terceiros às informações protegendo o acesso ao celular ou controlando a quantidade de informações que deixamos no mesmo.

É importante usar senhas e outros mecanismos de segurança, como digitais, que dificultem o acesso aos dados. Além disso, temos que seguir algumas regras básicas, como evitar anotar senhas no celular, e apagar, periodicamente, a informação pessoal que vai se acumulando, como históricos das conversas, caminhos percorridos, fotos, etc. Habilitar ou instalar aplicativos que permitam apagar todos os dados do celular remotamente também é essencial.

Ações como essas podem trazer pequenos desconfortos, como ter que colocar a senha cada vez que abrimos o celular, mas funcionam como um seguro para evitar danos maiores.

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