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O marqueteiro Renato Pereira, responsável por oito campanhas do PMDB no Rio, incluindo a de Eduardo Paes (PMDB) à Prefeitura do Rio em 2012, disse, em delação premiada, que o ex-prefeito não recebeu propina sobre licitações de obras em seu governo. "Em nenhum processo que a gente tenha participado ou em qualquer fornecedor que a gente tenha participado", relatou Pereira, na gravação da delação.

"Jamais houve pedido de pagamento de valor pela prefeitura ou qualquer pessoa ligada à prefeitura. Paes nunca pediu qualquer remuneração para ele ou qualquer pessoa que seja", enfatizou o marqueteiro.

O deputado Pedro Paulo (PMDB) comentou o caso. "Fomos atacados pela delação e nos restou responder perguntas que nos eram feitas. Finalmente conseguimos acesso e o vídeo prova que não recebemos propina, não roubamos e não nos beneficiamos", disse Pedro Paulo.

Além de campanhas eleitorais de peemedebistas, a delação de Pereira aborda supostas irregularidades relacionadas a licitações de obras estaduais e municipais no Rio de Janeiro e a pagamentos de vantagens a agentes públicos.

SÉRGIO CABRAL

Renato Pereira é o dono da agência Prole que também comandou a publicidade da campanha de Sérgio Cabral. Pereira disse que, em 2010, na disputa ao governo do Rio, o valor total da campanha chegou a R$ 12 milhões, com valores não declarados. "A maior parte foi paga em dinheiro vivo. Sobretudo pela motivação deles não quererem transmitir ou declarar à Justiça Eleitoral valores que seriam considerados altos perante a opinião pública. Então pediram que uma parte importante fosse paga em espécie".

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