Rio - Mais de 6 milhões de foliões devem pular o carnaval no Rio este ano, com turistas estrangeiros representando 1,5 milhão. As estimativas foram anunciadas pelo presidente da Riotur, Marcelo Alves, e pelo prefeito do Rio, Marcelo Crivella, nesta quinta-feira, durante coletiva sobre o esquema do evento.
O Sambódromo irá receber meio milhão de pessoas durante todos os dias de desfile. Dezesseis palcos serão montados na cidade para a realização de eventos. O Boulevard Olímpico, de sábado a terça de carnaval, terá um palco montado especialmente para as crianças.
Na arena de carnaval da Barra, localizada no Parque dos Atletas, serão duas atrações por dia, com expectativa de 40 mil pessoas em cada um, rendendo R$ 50 milhões. Mil empregos diretos serão criados e 2 mil empregos indiretos. A entrada será gratuita.
Tanta gente deve movimentar cerca de R$ 3,5 bilhões em recursos, segundo o estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas e divulgado para a prefeitura. Com relação a ocupação da rede de hoteleira na cidade durante o evento, estima-se que ficará em 90%. Hoje, esta porcentagem está em 60%. Este é o terceiro evento do calendário Rio de Janeiro a Janeiro.
"Nós vamos entregar na gestão do prefeito Crivella o melhor carnaval do Rio", declarou Marcelo Alves na coletiva. "Esta é a maior captação já feita", completou.
Este ano, pela primeira vez, uma empresa particular de segurança será contratada para dar suporte à Polícia Militar e à Guarda Municipal. Serão 3.375 vigilantes da empresa dando auxílio na segurança das ruas cariocas.
Cinco centros de monitoramento, com 70 câmeras, serão instaladas nos principais postos da cidade onde haverá desfiles, além do Centro de Operações do Rio (COR).
Este ano, 464 blocos foram aprovados, dois a mais que o ano passado. Desses, 28 são novos. Os maiores blocos serão no Centro da cidade, com 101 blocos, e na Zona Sul, com 129 blocos. A Zona Norte terá 99 blocos, enquanto na Oeste 45 arrastarão os foliões. Não haverá desfiles no trecho do Pepê, na Barra. Todos serão monitorados pelo COR e deverão terão seis horas de duração, com o encerramento até às 22h .
E não foi só o número de blocos que aumentou: esse ano serão 130 ambulâncias, 30 a mais que o ano passado. Os foliões poderão contar com 32.570 banheiros químicos. Esse número ano passado era de 31 mil.
De acordo com Marcelo, o valor de patrocínio em 2018 é o maior da história: serão R$ 38 milhões vindos de empresas privadas. São elas a cerveja Antarctica, Governo do Estado via Lei do Incentivo a Cultura, Uber, Ministério da Cultura, TIM, Camisinha Olla e a Dream Factory.
O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, declarou na coletiva que "esse foi um ano sofrido para Liesa, mas fizemos um esforço para apresentar um carnaval bonito. Todos os desafios são etapas e nós, com grandeza, sabemos que cada passo será dado sem perder a esperança de apresentarmos algo melhor". "Para o Rio, o carnaval é o momento de mostrar para o mundo e para o carioca a grandeza desse povo", completou o prefeito.
