Por Fernando Lobo Especialista em recrutamento e seleção

Rio - O governo do MDB destruiu o estado, não só na Saúde, mas também na pasta do Trabalho. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foi divulgado sexta-feira pelo Ministério do Trabalho, e o Rio de Janeiro perdeu 92.192 postos.

Nenhum setor da economia teve saldo positivo em 2017. O de Serviços foi o mais afetado, demitindo 47.052 trabalhadores. Na sequência vêm Construção Civil (19.448), Indústria de Transformação (11.944), Comércio (7.791), Administração Pública (2.105), Extrativa Mineral (1.702), Serviço Industrial de Utilidade Pública (1.617) e Agropecuária (533).

Os dez piores municípios do Estado do Rio em 2017, de acordo com o ranking de evolução de emprego formal em municípios com mais de 30 mil habitantes, foram: Rio de Janeiro, que fechou 55.527 postos de trabalho, Macaé (8.904), Duque de Caxias (8.329), Niterói (4.985), Nova Iguaçu (3.478), Campos dos Goytacases (2.992), São Gonçalo (2.628), Petrópolis (1.676), Angra dos Reis (1.204) e São João de Meriti, (1.098).

Os gestores públicos vão culpar, claro, a crise que o país está atravessando.

Bela desculpa para os leigos!

Não podemos esquecer que o Rio de Janeiro começou a ser destruído em janeiro de 2007, assim que Sérgio Cabral (MDB), atualmente preso por corrupção no Paraná, tomou posse.

Tivemos, ao longo desses anos, obras e eventos importantes, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. O problema é que o governo do estado não soube administrar as reais demandas do mercado de trabalho, sendo o nosso estado muito dependente do setor de Serviços.

Só na gestão Cabral foram nove secretários de Trabalho. A Setrab foi totalmente sucateada ao ponto de eles acabarem com o Observatório de Emprego e Renda, que era fundamental para traçar políticas públicas segmentadas por setores da economia, divididos por micro e macrorregiões do estado.

Podemos culpar também a falta de planejamento e infraestrutura para os habitantes da Região Metropolitana, que perdem até três horas se deslocando das suas casas até o local de trabalho.

Não existe nenhuma política pública de geração de emprego e renda para os trabalhadores do Rio de Janeiro.

O governador Pezão está perdido. Cometeu vários erros na sua gestão. Um deles foi mortal para o mercado de trabalho. Simplesmente ele acabou com a Secretaria de Trabalho, passando a ser subsecretaria, ligada à Casa Civil. Além disso, não reordenou os postos do Sine, que na sua grande maioria estão localizados em áreas de difícil acesso da população e ainda servem de cabides de emprego para deputados e vereadores, principalmente quando a gestão do posto é municipal.

Para os trabalhadores, 2017 será um ano para esquecer!

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