Wallace Silva de Araújo ora pela recuperação de mulher e filho - Luciano Belford / Agencia O Dia
Wallace Silva de Araújo ora pela recuperação de mulher e filhoLuciano Belford / Agencia O Dia
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - O novo caso de grávida baleada causou comoção em todo o país. Michelle Ramos da Silva Nascimento Araújo, de 33 anos, estava grávida de oito meses quando foi baleada em uma tentativa de assalto em Belford Roxo, na Baixada, no sábado. Durante a Trazena, que ocorreu ontem em bairros da Zona Oeste, o Arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta, fez uma oração pedindo a recuperação de mãe e filho, que estão internados em estado gravíssimo no Hospital Geral de Nova Iguaçu.

É o terceiro caso de gestante vítima de bala perdida num intervalo de apenas seis meses no Rio. O corretor de imóveis Wallace Silva de Araújo, de 34 anos, marido e pai da criança, pediu orações. "A única coisa que eu peço a vocês é que orem e peçam a Deus. A gente acredita no milagre e na vida. Eu creio que os dois vão sair dessa, sem sequelas", disse.

CORRENTE DE ORAÇÕES

Na porta da Maternidade Mariana Bulhões, grávidas se solidarizaram. "Terrível. Já que não podemos fazer nada, estamos rezando para que eles saiam dessa", disse a atendente de caixa, Carla Gonçalves, 25. O pedido também foi atendido por parentes de duas famílias que passaram pela mesma situação. "É um caso complicado. Só quem está passando por isso sabe o que é sentir na pele. Nem sei o que falar. Estamos em orações por eles", afirmou Clebson Cosme da Silva. Ele é marido de Claudinéia dos Santos Melo, de 29 anos, que seguia para um mercado quando foi atingida no útero por uma bala perdida na Favela do Lixão, em Duque de Caxias. O bebê Arthur morreu quase um mês após o parto emergencial.

O caso também mexeu com os familiares de Karolayne Nunes, que foi baleada no mês passado, quando estava na comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão. Lorena, nome da criança, nem chegou a nascer. A mãe não resistiu aos ferimentos e morreu na terça-feira passada. "Começamos a orar pela vida deles porque sabemos o que eles estão pensando. Graças a Deus, o bebê e a mulher ainda estão vivos", disse a estudante Juliana de Almeida Alves, irmã de Karolayne.

A pastora Lusmarina Campos Garcia, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, mandou vibrações positivas. O babalawô Ivanir dos Santos, interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR), também disse torcer pela rápida recuperação de mãe e filho.

Você pode gostar
Comentários