Rio - Quatro macacos-prego encontrados mortos no Parque Nacional da Tijuca, próximo da comunidade do Catrambi, na Usina, foram removidos do local na manhã desta segunda-feira. Os órgãos dos animais serão analisados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para verificar se a causa das mortes pode ser febre amarela.
Moradores da comunidade estão em alerta após os animais surgirem mortos, perto da Rua Alves Câmara. Segundo eles é a primeira vez que isso acontece e eles temem que a causa seja que ele tenha sido mordido pelo mosquito transmissor da febre amarela. Os macacos não transmitem a doença para seres humanos.
A cuidadora de idosos Regina Célia Martins, de 42 anos, preferiu não arriscar e já tomou a vacina. "Fiquei com medo e desci para tomar hoje. Sempre convidemos com os macacos aqui e não acreditamos que tenham morrido por envenenamento", contou ela, reforçando que foi a primeira vez que eles foram encontrados mortos.
A coordenadora da Vigilância Sanitária Municipal, médica Roberta Ribeiro, tranquilizou a população e informou que nestes casos a primeira medida é ligar para a Central 1746 da Prefeitura para realizar a remoção e não tocar nos animais, já que a causa da morte é desconhecida. Este é o primeiro caso de macacos entrados mortos na cidade este ano.
Os animais vão ser analisados inicialmente no Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman antes de serem enviados para a Fiocruz.
Moradores encontraram os animais mortos no fim da manhã de domingo e disseram que desde então ligaram para a Vigilância Sanitária e outros órgãos, que só foram ao local para remover os animais nesta manhã.
"Ligamos para a Vigilância Sanitária, Secretaria de Meio Ambiente e vários órgãos de saúde, mas só chegaram agora às 9h. Aqui todo mundo ficou desesperado para tomar vacina. Estamos evitando deixar as crianças passarem para cá (aonde os macacos foram achados). Alguns moradores estão em alerta e descendo a comunidade para tomar vacina", disse Edson de Jesus Rondon, presidente da Associação de Moradores da Comunidade do Catrambi, que tem cerca de 4 mil habitantes.