Militar em rua do Jacarezinho - AFP PHOTO / CARL DE SOUZA
Militar em rua do JacarezinhoAFP PHOTO / CARL DE SOUZA
Por MARCO ANTÔNIO CANOSA

Rio - Digno de uma autêntica operação de guerra, um contingente de três mil homens do Exército e outros 400 das polícias Civil, Militar e Federal, cercou e invadiu o Jacarezinho e outras favelas da Zona Norte, ontem, em mais um dia de caçada aos assassinos do delegado Fábio Monteiro, morto há uma semana por bandidos da região. Porém, a primeira operação integrada das forças de segurança no Rio neste ano, mais uma vez, não alcançou o objetivo por causa de um inimigo bem conhecido: o vazamento de informações.

Como já havia acontecido em agosto do ano passado, durante caçada a assassinos de outro policial civil, Bruno Xingu, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), também morto no Jacarezinho, quando as tropas chegaram ontem, os alvos já haviam escapado.

Em entrevista à Rede Globo, o delegado Marcus Amin, da Delegacia de Homicídios de Niterói, admitiu o vazamento."O vazamento é quase uma certeza, mas não atrapalha o que é planejado para esse tipo de operação."

Segundo a Polícia Civil, 15 homens foram presos, alguns com mandados de prisão pendentes, e cinco menores, capturados. Também houve a apreensão de 118 projéteis, duas granadas e cerca de 100 quilos de drogas. Cinco carros e sete motos roubados foram recuperados.

O objetivo da operação era capturar Wendel Luís Silvestre, apontado como um dos envolvidos na morte do delegado Fábio Monteiro, e outros sete criminosos. Folhetos pedindo aos moradores que denunciassem os bandidos foram distribuídos, mas nenhum deles foi capturado.

 

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