Musa da União da Ilha do Governador Rebecca Rolszt: estreia no posto e emoção na avenida 
 - Diego Mendes
Musa da União da Ilha do Governador Rebecca Rolszt: estreia no posto e emoção na avenida Diego Mendes
Por BRUNNA CONDINI

Rio - Nascida e criada na Ilha do Governador e moradora da Piedade, Zona Norte do Rio, Rebecca Rolszt estreia como musa da União da Ilha e comemora o posto na agremiação em que desfila desde os 11 anos. "Vivo o Carnaval desde que nasci. Mesmo quando não tinha idade para desfilar na Marquês de Sapucaí, ajudava minha avó na confecção de algumas fantasias, assistia a todos os ensaios e ficava 'babando' o desfile da minha escola pela TV. Aguardava ansiosa a volta da minha família do desfile para ouvir as histórias", lembra.

Rebecca pode ser chamada de cria da casa. A carioca de 25 anos é neta dos fundadores da escola, Cosme Bastos Rolszt e Ledy Ferreira Rolszt, que dedicaram as vidas à folia.

"Quando piso na passarela do samba, é um momento de muita emoção, e as lágrimas rolam. Passa um filme na minha cabeça, e eu lembro da minha infância", diz. "Sinto a presença dos meus avós. E esse amor pela União da Ilha que eles sentiam e me ensinaram. Uma energia inexplicável toma conta de mim".

CHEGADA AO POSTO DE MUSA

Nutricionista e modelo, a carioca, além de musa, é coreógrafa da ala Passo Marcado, comandada por sua mãe, Sandra Rolszt. E comenta porque o 'posto' só veio agora. "Acredito que tudo tem o seu tempo. A vida estava me preparando para o cargo de musa. Aprendi a ter disciplina no Carnaval, ganhei resistência e aprendi a valorizar o trabalho de todos os envolvidos nesse grande espetáculo. Enfim, amadureci e estou preparada".

A musa aposta que sua escola, que vem com o enredo 'Brasil Bom de Boca', falando da aventura dos hábitos alimentares da população brasileira, vem com a energia de campeã do Carnaval carioca.

"Sou suspeita, mas a União da Ilha vem forte. O nosso carnavalesco, Severo Luzardo, é um gênio. Podemos dizer que será um desfile para comer com os olhos. Iremos surpreender a todos positivamente", promete. "A Ilha vem com muita garra, leve, luxuosa, criativa, colorida e muito alegre. Nós realmente juntamos a fome com a vontade de vencer, como diz o nosso samba".

E completa com emoção: "Carnaval é uma missão de vida. Meu avô, em seu último desfile, me pediu para caprichar, e eu carrego esse pedido até hoje comigo. Para mim, é um ato de resistência. Não só pela história da minha família, mas da nossa cultura popular. Vivo o Carnaval o ano todo e sou daquelas pessoas que assiste a desfiles antigos antes de dormir. Há quem assista a séries, eu assisto a desfiles!"

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