Rio - Um enorme buraco no desfile da Grande Rio, quinta escola a desfilar no primeiro dia do Grupo Especial, certamente custará pontos à evolução da agremiação de Caxias. Uma das rodas de um carro alegórico quebrou-se e ficou perdida. Os componentes tentaram rebocar a alegoria e realocá-la na Avenida, deixando um buraco de pelo menos 100 metros na Sapucaí.
Por conta do problema, a bateria da escola se antecipou ao desfile. Muitos componentes choraram de emoção. Após 12 minutos parada, a agremiação voltou a andar.
A empresária Fernanda Brecha, de 36 anos, estava no carro que quebrou. Ela desfila há 12 anos na Grande Rio e disse nunca ter visto um problema tão sério. "A gente já tinha a certeza do título", lamentou.
Juliana Santana, 44, conta que ninguém da organização avisou aos componentes o que estava acontecendo. "De repente, veio apenas a ordem para todos descerem. Algumas pessoas ficaram nervosas", revela. "Algumas pessoas ficaram nervosas porque eles queriam que a gente saísse por uma escadinha e não tinha condições, com bota e um monte de coisas. Tivemos que esperar o carvalhão para descer. Nenhuma escola passou por uma situação caótica e triste como essa. Infelizmente é muito triste", completa. As duas netas de Chacrinha e a mulher do presidente da Grande Rio também estavam no carro.
Júnior Passos, um dos aderecistas da alegoria, acredita que o problema foi causado por erro de cálculo. "O carro era muito largo e, ao passar pela agulha, o trecho era muito estreito. A partir de então, o carro não teve espaço suficiente para transitar", acredita.
O carro foi praticamente desmontado e ainda assim foram utilizados dois reboques para removê-lo. A alegoria terá que cruzar toda a Marquês de Sapucaí para que só então as duas próximas escolas, Mangueira e Mocidade, possam fazer seus desfiles.
