Rio - A Unidos da Tijuca entrou na Sapucaí neste segunda-feira para tentar deixar para trás os problemas do ano passado, quando uma alegoria da escola acabou afundando na Avenida, prejudicando completamente o seu desfile. E a agremiação do Borel foi bem sucedida. Com um enredo sobre ator e dramaturgo, Miguel Falabella, a Tijuca divertiu o público na Sapucaí e abriu bem o segundo dia de desfiles do Especial.
O desfile abordou os momentos da carreira artística de Falabella como ator, diretor, dramaturgo e apresentador nas artes cênicas brasileiras. O ponto alto da apresentação tijucana foi o chão da escola. O já tradicional "rolo compressor" da agremiação mostrou toda a sua qualidade fazendo um andamento de desfile quase perfeito no Sambódromo.
Outro destaque da escola foi o andamento do samba da Tijuca. Sem ser considerado um dos mais belos das escolas de samba do grupo Especial, ele acabou passando muito bem pela Sapucaí. Além da grande performance do intérprete Tinga, a bateria do mestre Casagrande foi mais uma vez muito bem sucedida.
Os principais pecados da escola tijucana foram mesmo o acabamento ruim das alegorias e das fantasias da escola. Sem os recursos de outros carnavais, a Tijuca devendo bastante nestes quesitos. Outro problema que a agremiação pode enfrentar é na avaliação do seu enredo. As alas da escola oscilaram bastante entre a fácil resolução e algumas ideias da Comissão de Carnaval que foram de muito complicado entendimento.
Com um desfile muito forte em alguns quesitos, a Unidos da Tijuca poderá quem sabe retornar ao desfile das campeãs em 2018, após a ausência no ano passado por conta do acidente que prejudicou o seu desfile.