Para Abel, o esquema com três zagueiros vem dando resultado no Fluminense - LUCAS MERÇON/FLUMINENSE
Para Abel, o esquema com três zagueiros vem dando resultado no FluminenseLUCAS MERÇON/FLUMINENSE
Por O Dia

Rio - Após um primeiro mês de ano intenso, com tantos problemas e notícias ruins, o Fluminense tenta entrar numa normalidade. Com o pagamento de atrasados aos jogadores e a classificação à próxima fase da Copa do Brasil, para enfrentar o Salgueiro (PE), Abel Braga espera por dias mais tranquilos para o grupo poder trabalhar. E sai em busca de pontos positivos. Eles ainda são poucos, mas há um em que o treinador dá atenção especial: a defesa estar sofrendo poucos gols.

Ao mudar para o esquema 3-5-2 em 2018, Abelão queria dar mais força defensiva a um time que sofreu 97 gols em 75 partidas na temporada passada (média de 1,29 por jogo). Se ainda não encontrou o equilíbrio e tem visto o ataque deixar a desejar, pelo menos o treinador vem conseguindo o objetivo de melhorar os números da defesa.

Ao se considerar as quatros partidas oficiais que o time titular disputou até agora, a defesa tricolor passou três em branco e sofreu apenas um gol, do Madureira. Os números agradam, mas também não podem servir de referência, já que em 2017, o Fluminense também teve desempenho parecido, sofrendo três gols. Pesa a qualidade dos adversários (apenas o Botafogo é de maior peso), mas a verdade é que o Fluminense tem conseguido cumprir o planejado.

"Foi mais um jogo sem sofrer gol, a formatação tática está dando resultado", celebrou Abel.

Parece pouco comemorar apenas o desempenho defensivo e a difícil classificação na Copa do Brasil em cima da Caldense, mas no momento tricolor não deixa de ser um raio de luz na escuridão. Ao longo de janeiro, o Fluminense sofreu com a perda de Gustavo Scarpa de graça, viu Henrique Dourado ir para o rival, passou por protestos da torcida nos jogos e invasão nas Laranjeiras, sofreu bloqueio de verba, seguiu com problemas financeiros para pagar salários, perdeu R$ 4 milhões pela venda de Diego Souza (e ainda tenta recuperar) e ainda precisou contornar a crise das dispensas de oito atletas, entre eles Diego Cavalieri, que atacou fortemente a diretoria. Tudo isso em apenas um mês.

"O Fluminense só tem notícia ruim. Há uma divisão, sabe, umas coisas que não dá para entender. Está na hora de parar um pouco. Está muito pesado. O clube precisa se unir, as pessoas precisam tentar. Não é ano político. Tem de tentar colaborar. O Fluminense precisa de um rumo", afirmou Abel.

Mas esses poucos dias de tranquilidade podem estar com os dias contados em caso de eliminação, amanhã, na fase de grupos da Taça Guanabara, o que trará de volta a pressão sobre diretoria e elenco tricolor.

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