Rio - Henrique Dourado não é mais jogador do Fluminense, mas, mesmo indiretamente, ainda dá alegrias ao clube. Não com gols, mas com cifras. O Tricolor recebeu do Flamengo 1 milhão de euros (cerca de R$ 4 milhões) pelo pagamento da primeira parcela da venda do atacante, correspondente a 50% da parte a que tem direito na negociação o Mirassol também tem parte dos direitos do jogador. Os 50% restantes serão pagos em setembro.
Deste valor, porém, 15% ficarão retidos devido ao bloqueio judicial das rendas do Fluminense, que, quarta-feira, conseguiu na Justiça a redução pela metade dessa porcentagem. Atravessando séria crise financeira, o Fluminense, na negociação com o arquirrival, queria receber o pagamento à vista, mas aceitou parcelar o valor em duas vezes. O Flamengo, inclusive, quitou a dívida com um dia de antecedência, já que o prazo vencia apenas hoje. Agora, a diretoria tricolor vai pagar os atrasados de jogadores e funcionários e manter os salários em dia.
Quem está rindo à toa é o zagueiro Roger Ibañez, de apenas 19 anos. Não só pelo fato de o dinheiro bater na conta, mas com sua boa fase no Fluminense é um dos destaques do time nesta temporada. "O ano de 2018 começou muito bem. Graças a Deus tive oportunidade de estrear na Flórida Cup. Fui muito bem. Agora é aproveitar a oportunidade", diz Ibañez, que agradece ao técnico Abel pela confiança de torná-lo titular.
"Abel é um paizão. Ele foi o primeiro cara a me dar oportunidade no profissional de clube grande. E só tenho a agradecer a ele por todos os elogios que tem me dado", disse Ibañez, que é brasileiro (filho de mãe uruguaia) e adotou o sobrenome por marketing. "Todo mundo pergunta se eu sou gringo. Mas sou brasileiro, natural de Canela. Escolhi esse nome por marketing mesmo, chama mais atenção. Mas é só sobrenome mesmo", revelou, sorridente.
