Rio - O Carnaval carioca, festa que deveria ser marcada pela alegria e pela descontração das pessoas, acaba por vezes tornando-se palco de violentas batalhas envolvendo grupos de bate-bolas. Esses indivíduos, não todos, mas apenas uma pequena minoria que se utiliza do anonimato escondida atrás de uma máscara, não estão ali para se divertir, e, sim, para praticar atos de violência. E acabam culminando com a morte de inocentes, como constatamos durante a folia de anos anteriores, onde a vida de adolescentes por vezes é ceifada sem motivo aparente.
Acredito que esses incidentes poderiam ser amenizados se as autoridades municipais e estaduais tomassem medidas simples, como cadastrar os integrantes desses grupos de bate-bolas ou Clóvis, como também são conhecidos, bem antes do Carnaval, facilitando sua identificação. Esses grupos marcam batalhas campais através da internet com local e hora determinada para se enfrentar. O cadastro poderia ser feito na região administrativa local, na delegacia de polícia ou batalhão da Polícia Militar responsável pela área. Outra medida, talvez desagradável mas de grande valia, seria proibir definitivamente o uso de máscaras pelos seus integrantes.
Creio que essas iniciativas não iriam inibir nenhum tipo de manifestação cultural que fosse realizada na cidade, mas, sim, contribuir no 'quesito segurança' para que todos, sejam moradores do Rio ou turistas, se sentissem bem mais seguros para circular pelos bairros sem o medo de se verem envolvidos no meio de um conflito entre gangues de mascarados, cujo único objetivo é o de levar terror para as ruas durante o Reinado de Momo.
Para ser colocada em prática, a ideia depende apenas da boa vontade de nossas autoridades; só assim, cidadãos de bem, como você, estarão livres de ler no dia seguinte, nas páginas de jornais, notícias tristes de jovens vítimas de atos de violência de pessoas covardes que se escondem atrás de máscaras, máscaras essas que, ao caírem, revelam a índole de cada um.
Dionísio Lins é deputado estadual pelo PP