Em Iguaba, foram mais de 50 toneladas. Em uma única noite, os pescadores recolheram cerca de 12 toneladas. Já em São Pedro foram aproximadamente 60 toneladas no mês, e em Cabo Frio, os pescadores faturaram aproximadamente R$100 mil somente com a venda das duas espécies.
“Durante muito tempo pescamos só a Tainha. A Carapeba e a Perumbeba haviam desaparecido da região, mas agora que retornaram, estamos muito felizes” – fala Rogério Oliveira de Souza, presidente da Associação de Pescadores da Praia da Baleia.
O pescado abastece cidades dos estados do Rio de Janeiro, Norte e Nordeste. Apesar do excelente desempenho, a quantidade de peixes capturados pode ser ainda maior. Isso porque atualmente não há um órgão que mapeie e elabore uma estatística pesqueira.
Para Cícero, presidente da Colônia Z-29, de Iguaba Grande, um dos fatores que contribuiu para o reaparecimento dos peixes, foi a qualidade da água da Lagoa de Araruama.
A Prolagos, concessionária de água e esgoto, destaca através de nota que vem se esforçando para contribuir para a recuperação da laguna. Após a chegada da empresa à região, o tratamento do esgotamento sanitário passou de 0% para 80% nas cidades de Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Armação dos Búzios. A operadora responsável pelo saneamento básico, disse ainda que vem ampliando a implantação de cinturões no entorno da lagoa, para interceptar o esgoto e evitar que ele chegue in natura ao ecossistema.
Ao longo de 23 anos de atuação, já foram investidos mais de R$1,4 bilhão em saneamento, representando mais que o dobro de investimentos realizados por habitantes, do que a média nacional, de acordo com o Instituto Trata Brasil.