Por lucas.cardoso

Rio - Em tempos de crise, economia era a palavra de ordem. Marcelo Giovani, personagem da terceira reportagem da série ‘Meu novo carro usado’, queria ter menos despesas com carro. Há dois meses, o servidor público decidiu trocar seu modelo usado, um Honda Fit 2006, por um mais barato.

A pesquisa foi ampla, incluindo busca pela internet, conversa com amigos, visitas a concessionárias e consulta com um mecânico. De cara, desistiu de encontrar um carro em concessionária. “Os vendedores foram muito inflexíveis e não ofereceram nenhuma capacidade de negociação. Então, decidi fazer a pesquisa por conta própria”, relata.

Foi numa conversa com um amigo que ele descobriu o veículo que iria procurar: um Fiat Idea. O papo foi tão convincente que Giovani decidiu que queria uma minivan. Então, intensificou a pesquisa pela internet, em busca de pessoas que ofereciam o carro escolhido.

Marcelo Giovani fez pesquisas na internet%2C conversou com amigos e foi a concessionárias para trocar o seu Honda Fit por um Fiat Idea%2C modelo considerado mais baratoMárcio Mercante / Agência O Dia

Foram 20 dias de buscas diárias. Até que encontrou um carro que chamou a sua atenção, visitou o vendedor e fechou negócio. Com direito a pechincha. Giovani, então, comprou um modelo 2010/11, Attractive 1.4, com GNV, por R$ 18 mil. Dois meses depois, Giovani já colhe os benefícios da sua escolha. Ele, que sempre comprou usados, diz que o objetivo era economizar.

“Eu queria passar o meu carro importado por um nacional. Troquei para economizar com imposto, manutenção e seguro. Eu queria economizar em tudo isso e também no consumo de combustível. Meu carro agora atende às minhas necessidades. É um carro bonito, alto e confortável”, garante.

Comparado com o modelo anterior, o Fiat Idea de Giovani também consome menos por ser GNV. O servidor ainda conta que fica até mais tranquilo para sair de carro sem medo de ser assaltado, porque considera que o modelo chama menos atenção. Afirma que usa o carro sem aborrecimentos, atendendo exatamente as suas expectativas.

Giovani diz que não sai do usado em nenhuma hipótese. Carro zero, para ele, nem pensar. “O preço é um absurdo, está fora de cogitação eu comprar um carro zero. Estou feliz com meu usado e sigo em frente na vida. Uso numa boa para lazer e trabalho. Quando chegar a hora de trocar, independente da minha condição financeira e economia do país, será um usado novamente”.

Motor potente é fundamental

Paulo Gomes, da BR2 Automóveis, alerta que é importante adquirir um modelo com motor mais potente, se a intenção for usar bastante o veículo, com possibilidade de andar diversas vezes com o carro cheio. Comprar carro usado para o especialista, acima de tudo, é escolher o modelo que tiver em melhores condições. Ele considerou a compra de Giovani adequada para as suas necessidades:

“Fez bom negócio. É um carro que tem manutenção em conta e é um modelo melhor do que qualquer modelo 1.0. Agora, tem que ficar atento para a questão do GNV, no Fiat Idea. Se instalado na mala, tira toda a capacidade de carregar bagagens. Se esse espaço é muito importante para o consumidor, e ele quer um Fiat, pode levar em consideração o Siena, que tem inclusive versões com o mesmo motor 1.4. A suspensão no sedã também é melhor. Traz mais conforto para os passageiros. O problema é que tem despesas mais altas, e pode não ser a melhor opção se a ideia é economia”, avalia.

O Fiat Idea de Giovani, contudo, teve a instalação do cilindro de gás feita na parte inferior da minivan, não interferindo na capacidade do porta-malas. O comprador tem que ficar atento nas possibilidades para fechar o melhor negócio possível.

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