Por lucas.cardoso

Curitiba - A Renault lançou para Sandero, Logan, Duster e Oroch a nova família de motores SCe, "Smart Control Efficiency". São duas unidades: uma 1.0 três cilindros com 79/82 cv e 10,2/10,5 kgfm de torque (gasolina/etanol); e uma 1.6 quatro cilindros com 115/118 cv para Sandero e Logan e 118/120 cv para Duster e Oroch, com torque de 16 kgfm para a primeira dupla e 16,2 para a segunda. Ambos fabricados no Brasil, em São José dos Pinhais (PR).

Novos motores já estão disponíveis nos três modelosDivulgação

Começando pelo três cilindros 1.0 SCe, o motor está dotado de tecnologias como duplo comando de válvulas variável na admissão e escape, óleo de baixa viscosidade, comando de válvulas por corrente no lugar da correia, bloco e tampa da corrente em alumínio (o que reduz menos 20 kg em comparação com a unidade anterior), entre outros recursos. A partida a frio, porém, não conta com pré-aquecedores e o obsoleto tanquinho é a solução ainda utilizada. Na ocasião da apresentação para a imprensa, a Renault declarou que o Sandero equipado com este propulsor consome 14,2 km/l na cidade com gasolina, dado fornecido pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Inmetro. No caso do Logan, tal consumo é de 13,8 km/l. Segunda a fabricante, a economia é de até 19% no hatch e 16% no sedã.

Já no quatro cilindros 1.6 SCe, são menos 30 kg de peso pela unidade conter bloco, pré-carter e tampa da corrente em alunínio, isso ao comparar com o velho 1.6. Também há aqui o óleo de baixa viscosidade, duplo comando (só na admissão) e corrente. A novidade neste propulsor é o sistema liga/desliga para paradas breves. O tanquinho da partida a frio também permanece aqui. Dados de consumo declarados apontam para a marca de 12,8 km/l no Sandero abastecido com gasolina, na cidade. No Logan, o mesmo dado é de 13 km/l.Os percentuais de economia aqui são de 19 e 21%, respectivamente.

Renault lança nova família de motores SCe%2C 1.0 três cilindros e 1.6%2C mais potentes e econômicosDivulgação

Para toda a linha, além dos novos motores, entram em cena pneus verdes e direção eletro-hidráulica, a Renault não seguiu a tendência da opção pelo comando elétrico. De diferencial, há o que eles chamam de "ESM (Energy Smart Management)", tecnologia da Fórmula 1, recurso que durante a desaceleração do carro, o motor continua girando sem consumir combustível. Nesse instante, o alternador automaticamente passa a recuperar energia e enviá-la para a bateria, que aumenta sua carga sem consumir combustível. Já na aceleração, o alternador não precisa “roubar” energia do motor para enviar à bateria, uma vez que houve a carga na desaceleração. Com isso, há uma redução do consumo de até 2%, diz a marca.

Por fim, no Sandero e Logan o câmbio automatizado Easy'R está com nova calibração e o kit que o compõe (R$ ) adiciona aos modelos controle eletrônico de estabilidade (ESP) e assistente de partida em subida (HSA).
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PREÇOS
O Sandero 1.0 SCe custa R$ 42.400 na versão Authentique, R$ 44.950 na Expression e R$ 47.100 na série limitada Vibe (veja box sobre). No Logan, R$ 46.300 pelo Authentique e R$ 48.200 na Expression.
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Com o motor 1.6 SCe, Sandero parte de R$ 49.770 na Expression, custa R$ 53.500 na Dynamique e atinge R$ 59.720 na Stepway. O Logan custa R$ 52.750 na Expression e a topo Dynamique sai por R$ 56.400. O Duster Expression custa R$ 69.200 e o Dynamique R$ 75.290. Na Oroch, os preços são R$ 69.620 e R$ 74.120, respectivamente.
INTERIOR COM LEDS
Vibe%3A LEDs azuis no interior incrementam cabine do SanderoDivulgação

Para fomentar o lançamento da família de motores SCe, a Renault lança no Sandero a série limitada Vibe, equipada com o três cilindros 1.0. São 9.500 unidades que trazem, de diferencial, rodas escurecidas em alumínio de 15 polegadas, retrovisores elétricos com repetidores de seta, faróis com contornos escurecidos e lanternas brancas. No interior, destaque para bancos exclusivos, alto-falantes iluminados por LEDs, saídas de ar com acabamento na cor azul e a inscrição da variante especial no volante.

De série, o Sandero Vibe vem equipado com ar-condicionado, direção eletro-hidráulica, vidros dianteiros, retrovisores e travas elétricos; computador de bordo multifunções, indicador de troca de marchas, sensor de estacionamento e sistema multimídia Media NAV Evolution com tela de 7 polegadas sensível ao toque, que concentra navegação GPS, rádio, conexão Bluetooth, USB e as funções "Eco".

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PRIMEIRAS IMPRESSÕES

Testamos o Logan 1.0 SCe pelas ruas de Curitiba. O sedã se mostrou ágil e com bom desempenho para cruzar a cidade. Logo nas primeiras acelerações foi possível notar a evolução do motor. O câmbio de cinco marchas está bem casado com a unidade, proporcionando trocas tranquilas. Desde as baixas rotações, 2.000 rpm, 90% do torque máximo de 10,5 kgfm já está disponível, na prática desenvolvimento rápido na arrancada. É um modesto prazer de dirigir que não era realidade nos antigos 1.0.

Motor 1.0 deu novo fôlego ao sedã%2C que demonstrou acelerações vigorosasLeandro Eiró / Agência O Dia

Segundo a Renault, tal motor, na estrada, oferece mais segurança nas ultrapassagens, pois as retomadas estão até 6% mais rápidas (80 a 120 km/h em 14,1 seg), uma situação que não precisamos testar. Além disso, a aceleração de 0 a 100 km/h está 8% melhor, com a marca de 13,0 s, com etanol.

Só nas ladeiras que as reduções acontecem uma após a outra, também não dá para fazer milagre. Nos aclives suaves, o motor dá conta de subir engrenado do jeito que está. A percepção deste novo propulsor pode ficar mais simplificada assim: quem sempre andou de 1.0, logo notará evolução e deve ficar bem satisfeito, com potência e consumo principalmente. A percepção só não deve impressionar motoristas acostumados a unidades mais potentes.
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