Por lucas.cardoso
Rio - O que fazer para aumentar a durabilidade dos pneus? Que tipo de cuidado o dono do carro deve adotar para evitar o desgaste prematuro? Depois da reportagem com dicas sobre a manutenção dos veículos e revisões, o Automania agora busca especialistas em centros automotivos para falar de pneus e do sistema de suspensão.

Em comum, a máxima de que não vale a pena deixar de fazer a manutenção regular do veículo, pois os prejuízos depois serão bem maiores. Sem contar que manter o automóvel em perfeitas condições é uma questão de segurança. Leonardo Igrejas, sócio da RJ Pneus, aconselha os motoristas a adotarem o esquema de rodízio dos componentes e a adequada substituição.

Leonardo Igrejas%2C sócio da RJ Pneus%2C aconselha motoristas a adotarem sistema de rodízioLuiz Ackermann / Agência O Dia

“O rodízio deve ser feito, em média, a cada 5 mil quilômetros rodados. No procedimento, são substituídos os pneus de trás pelos da frente. No mesmo lado, nunca em ‘x’. E, junto dessa troca, também é importante fazer o alinhamento e balanceamento do eixo dianteiro, medida que alinha a direção e permite o melhor consumo de combustível deste sistema”, recomenda.

Quando o assunto é compra de um novo pneu, Leonardo chama a atenção para alguns detalhes: “Se for substituir um único pneu de um eixo, o ideal é que o novo seja da mesma marca do seu par. A troca de marca pode ser feita no caso de substituição da dupla. Colocar pneus diferentes no mesmo eixo irá comprometer o alinhamento e o sistema de suspensão”, esclarece. O especialista também falou sobre os componentes remoldados, o ‘remold’: “Rodam bem, são uma opção de baixo custo, eles só não terão a quilometragem de um pneu novo. É bem usado por taxistas”

SUSPENSÃO É SEGURANÇA

De acordo com Leonardo, além das revisões regulares destes sistemas, alguns sintomas percebidos pelo motoristas devem ser examinados por uma oficina especializada, como volante puxando, suspensão com barulho, bolha no pneu, desgaste desigual entre os componentes, entre outras anomalias.

Apesar do ideal ser manter os parâmetros de pneu e roda especificados para cada carro, Leonardo diz que é possível fazer mudanças se for da escolha do cliente. “Você pode mudar a roda, aumentar o tamanho do aro, dentro de um limite, mas deve também substituir o pneu para que a mudança não prejudique tanto os demais sistemas, para compensar”, diz. Na RJ Pneus, inclusive, esse serviço é oferecido e o veículo depois passa por alinhamento, para que fique regular.

A recomendação dada sobre o respeito pela manutenção programada é fundamental no caso dos amortecedores. Yalison Barbosa, da Rodacar Pneus, explica que o componente é parte de um sistema. E seu estado responde diretamente no desgaste das peças conectadas. “O amortecedor tem vida útil de 40 mil quilômetros ou dois anos, momento que deve ser feita a troca, porque ele é parte de todo o sistema de suspensão. Se deixar de trocar, ele vai comprometer todo o conjunto, provocando desgaste acelerado das demais peças”, conta.
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REVISÃO
A CADA 10 MIL KM As demais peças do sistema de suspensão, balanças, coxins, terminal de direção, braço axial, entre outros, devem ser examinadas a cada 10 mil quilômetros, junto com as revisões regulares, quando todo o veículo é inspecionado. Entretanto, caso o motorista perceba algum comportamento anormal no carro, como ruídos, deve procurar o mecânico ou oficina de confiança.
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Na hora de adquirir peças novas para a suspensão, sobretudo os amortecedores, Yalison recomenda apenas os originais. “Sempre o amortecedor especificado para o carro. Esqueça os paralelos e também os reposicionados, pois é uma economia que não vale, pode comprometer mais à frente o conjunto de suspensão”.
Também da Rodacar, a gerente Michele diz que o motorista tem que ter carinho com o carro para evitar o desgaste prematuro da suspensão. “Atenção com os buracos na rua, quando for subir um meio fio, subir devagar, entre outros cuidados”.