Ajustes finos em acabamentos, acertos de motores que em alguns casos recebem até virabrequins balanceados estão no rol de ‘aperfeiçoamentos’ que estes automóveis de teste transportam.
Sem falar em chips de potência que são ilegais, mas valorizam um carro de motor pequeno. As iniciativas técnicas acabam mascarando uma realidade que você irá conhecer nas ruas, a longo prazo.
Dos modelos com os quais tive um largo convívio, elogios plurais aos Suzukis Grand Vitara e SX4, que simplesmente têm o padrão de fábrica e duram muito, em todos os sistemas.
Outro japonês surpreendente foi uma Toyota Hilux 98, usada pela fábrica para transportar peças e que foi cedida justamente para uma avaliação de desgaste. O carro estava amassado, mas impecável.
Da VW, rodei muito com um Polo adquirido no ano do lançamento. Carro confiável até ter defeitos no ar-condicionado digital, de alto custo.
Entre os Citroën, que não tive, o Berlingo de um amigo chegou a rachar as longarinas, como os velhos Santana Táxi no Rio de Janeiro.
A mais recente aquisição, um Duster 4X4 2012, chegou aos 50 mil quilômetros mostrando robustez mecânica e alto custo nas trocas de óleo e alinhamentos de direção frequentes.
Os acabamentos começaram a quebrar e soltar. A tampa de combustível perdeu a trava e os ‘grilos’ apareceram com a alegria do verão. O carro é valente, mas deixa a desejar também na qualidade do sistema elétrico, nos isolamentos que deixaram a água da chuva entrar pelo buraco da antena, nos bancos que cedem, comandos que quebram e relês que queimam.
A julgar pela energia que a Renault está depositando na sua nova linha de SUVs, como o Captur que chega semana que vem, pode-se esperar resistências de consumidores que rejeitam a Renault por conta desta realidade e conceitos que foram arraigados no mercado. E a concorrência hoje não está fácil não.