Por luana.benedito

Rio - Para quem busca meios de economizar combustível, saiba que a maneira de dirigir influencia diretamente no consumo. Com algumas dicas, é possível melhorar a média de quilômetros rodados por litro. Estar com a manutenção em dia e escolher com cautela o combustível são fatores que devem ser considerados.

Associação Nacional dos Franqueadores de Vistorias dá orientações para evitar desperdícioDivulgação

Para Beto Reis, presidente da Associação Nacional dos Franqueadores de Vistorias (Anfravist) e especialista em vistoria veicular, se o veículo tiver câmbio manual, é essencial que o motorista saiba identificar o momento da troca de marcha. O ideal é evitar a marcha de velocidade em subidas e aumentá-la antes do motor gritar de esforço.

“O motor se manifesta de uma forma única, facilitando a identificação da troca de marcha. Se a pessoa transita com a marcha incorreta, o aumento do consumo de combustível não será o único problema, pois o motor será forçado e poderá ser danificado ao longo do tempo”, afirma.

O motorista que troca a marcha em alta rotação tende a ter prejuízo. As próprias montadoras indicam a troca em baixa rotação. O mesmo acontece em veículos automatizados ou semi-automáticos. Ainda que a embreagem seja controlada por um sistema eletrônico, o consumo se equipara a um câmbio manual. No automático, a rotação é maior. Por isso, tende a consumir mais.

Fugir do trânsito

Outra dica é fugir do trânsito. Beto diz que a ação de arrancar e parar o carro repetidas vezes influencia no aumento de consumo. A tecnologia também ajuda, uma vez que há aplicativos de celular que auxiliam nos caminhos menos engarrafados, além de carros mais novos com o sistema ‘start/stop’, que desliga o motor em paradas breves.

Um fator importante é o peso. Manter o veículo limpo do barro e livre de bagagem desnecessária ajuda na redução do gasto de combustível. Outros fatores, como velas gastas, filtro de ar entupido e andar em ponto morto também influenciam na economia.

Estar com a manutenção em dia%2C fugir de engarrafamento e até evitar sobrecarga no veículo são algumas das recomendaçõesDivulgação

Calibragem

É fundamental que os pneus estejam sempre calibrados, pois o consumo pode subir em até 20% se estiverem baixos. Já com o combustível, Beto Reis explica que é imprescindível que a capacidade do tanque seja respeitada, uma vez que o sistema do veículo pode ficar comprometido em caso de excesso. E ainda fala dos aditivos:

“A gasolina aditivada ajuda a limpar as bombas. Alternar os tipos de gasolina ajuda no bom funcionamento do carro. A cada dois tanques com gasolina comum, abasteça com a aditivada”, diz o especialista.

O etanol pode gerar economia ao bolso do consumidor e também ajuda no combate à poluição. Reis sinaliza que o combustível vegetal (etanol vem da cana) rende, em média, 70% da gasolina. Um veículo flex percorre 10 km/l. Com etanol, é de 7 km/l.

O interessante é optar por ele quando o preço for 30% mais barato que a gasolina. Se a relação custo/benefício for igual, a vantagem do biocombustível é a melhor potência e octanagem (mais resistente à auto-detonação).

Economia com GNV é de até 65%

O Gás Natural, que ajuda a combater a poluição, é o mais barato dos combustíveis. O uso do GNV pode chegar em até 65% em relação à gasolina. Antes de considerar a instalação do gás, entretanto, convém considerar as desvantagens, como perda de potência e espaço interno.

O diesel brasileiro, o biodiesel, é mais caro que o comum. Mas a tendência é queda de preço com aplicações tecnologicamente avançadas. A utilização de biocombustíveis ajuda na redução de poluentes no ar.


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