Motorista deve fazer checagem em saliências dos pneus. Se altura delas estiver inferior a 1,6 mm, é hora de pensar em trocar os componentes 
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Motorista deve fazer checagem em saliências dos pneus. Se altura delas estiver inferior a 1,6 mm, é hora de pensar em trocar os componentes fotos: Divulgação
Por Lucas Cardoso

Eles enfrentam bravamente os buracos e as altas temperaturas das estradas. É, definitivamente, a vida dos pneus do seu carro não é nada fácil. Não é hora de tratá-los melhor? Pensando nisso, o DIA preparou algumas dicas para fazer o motorista cuidar bem desse item tão importante do seu possante e, de quebra, garantir mais segurança e redução no consumo de combustível e nos gastos com o mecânico.

Primeira (e talvez mais importante) orientação: o proprietário não deve rodar com a borracha desgastada, pois o famoso "pneu careca" influencia na estabilidade do veículo e coloca em risco a segurança da família. Nessas horas, todo cuidado é pouco.

Essa é apenas uma das muitas precauções a se tomar, de acordo com a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip). E, para que o motorista saiba se está na hora de trocar o pneu, a associação sugere que o dono faça a checagem dos TWIs (Tread Wear Indicatores, em inglês), saliências com 1.6 mm de altura presentes nos sulcos desses componentes.

Então, atenção: quando a medição ficar abaixo desse patamar, é hora de aposentar aquela roda velha. Vale lembrar que uma resolução do Contran (558/80) torna ilegal trafegar com medidas fora desse padrão. A infração pode gerar, inclusive, a apreensão do veículo — uma dor de cabeça a mais.

Outras dicas

É aconselhável também a calibragem semanal (sempre a frio). E, se houver dúvida quanto à pressão ideal, vale verificar a prescrição no manual do veículo. De acordo com a Anip, circular com os pneus mal calibrados deixa a direção mais pesada, aumenta o consumo de combustível e também o desgaste da borracha. Além disso, os itens nessas condições são mais suscetíveis a rasgos e rompimentos, devido ao choque com os buracos.

Nos casos em que há excesso de pressão, o desgaste é mais acentuado no centro da banda de rodagem e pode resultar na perda de estabilidade nas curvas. Por isso, quando for fazer a calibragem, aproveite para ajustar a pressão do estepe e verificar o seu estado. Isso não custa nada.

Rodízio

E mais: com o passar do tempo, os pneus do veículo podem ter níveis diferentes de desgaste entre si. Segundo o gerente operacional da Rodacar Pneus, Célio Alonso, além de corrigir esses desníveis, o rodízio também melhora a estabilidade, especialmente em curvas e frenagens. Mas há quem não goste do procedimento. "Apesar de o processo prolongar a vida dos pneus, sempre ouço motoristas dizerem que escolhem não fazer o revezamento. Para eles, é melhor trocar duas rodas a cada dois anos, em vez do conjunto todo a cada quatro", diz Célio.

Em meio a ruas cheias de buracos e calombos no asfalto, impactos mais fortes podem causar desalinhamento da suspensão, o que resulta em desgaste irregular e prematuro dos pneus, bem como em desalinhamento da direção. Um dos indicadores desses problemas é sentir o veículo puxar para um lado. Mesmo que isso não aconteça, o alinhamento das rodas deve ser realizado a cada 10 mil quilômetros.

Da mesma forma,o balanceamento também deve ser realizado a cada 10 mil quilômetros rodados. De acordo com Célio, o principal responsável pelo consumo dos pneus é o próprio motorista, que deve perceber os sinais que o carro dá. São eles: vibrações e mudança de direção involuntária. "A necessidade dos reparos vai da sensibilidade de quem está ao volante", diz.

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