Componentes devem ser checados a cada 10 mil km rodados
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Componentes devem ser checados a cada 10 mil km rodados fotos divulgação
Por Lucas Cardoso

O amortecedor é um componente que está diretamente ligado à segurança do veículo. Além de ser a principal peça do sistema de suspensão, ele é o responsável por manter o contato permanente dos pneus com o solo, garantindo estabilidade ao automóvel e boa dirigibilidade ao motorista. Por isso, é importante ter atenção com a procedência do item. As peças recondicionadas, por exemplo, possuem preços atrativos, mas devem ser evitadas, já que não possuem os padrões de qualidade e especificações exigidos pelas fabricantes de veículos. Essa é uma das recomendações de ouro dos especialistas.

"As peças recondicionadas passam apenas por maquiagem, para que fiquem parecendo novas. Na maioria das vezes, os componentes são apenas lavados e pintados e voltam ao mercado com o mesmo problema de desgaste que fez com que eles fossem substituídos anteriormente", explica Juliano Caretta, coordenador de Treinamento Técnico da Monroe, líder na fabricação de amortecedores.

Outra prática comum, segundo o especialista, é substituir o óleo do amortecedor por um fluido diferente do especificado. "Isso compromete a performance, podendo causar sérios acidentes", alerta Caretta.

A indicação do coordenador da Monroe é que o consumidor escolha sempre peças homologados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e com certificação de garantia. Recomenda-se também guardar a nota fiscal. "O amortecedor é, em primeiro lugar, um dos principais itens de segurança do veículo. Somente a peça nova pode assegurar os padrões de qualidade exigidos pelas montadoras", diz.

Pensando assim, a designer Claudia Zisman Cohen decidiu comprar itens novos recentemente, depois que dois amortecedores quebraram. "Não posso colocar minha família em perigo. Gasta-se mais, mas problemas são evitados", diz ela.

Os sinais
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Falta de estabilidade
Amortecedores desgastados reduzem a aderência ao solo, provocando falta de estabilidade e controle de direção. O problema se agrava em pisos molhados.
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Barulhos e solavancos
Aparecem quando os amortecedores apresentam problemas de funcionamento e precisam ser trocados.
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Balanço exagerado
É aquele 'sobe e desce' do carro, que faz o veículo parecer um brinquedo de parque de diversão. Fica mais visível quando o automóvel passa sobre lombadas ou buracos.
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Frenagem reduzida
Especialistas alertam que amortecedores com 50% de desgaste aumentam em até 1,80 m a distância de frenagem em uma velocidade de 60 km/h.
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Vazamentos
Ocorre quando as vedações se tornam quebradiças ou se rasgam, permitindo que o óleo do amortecedor escape. Quando isso ocorre, o sistema perde a sua capacidade de resistência.
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Atenção aos buracos na pista é uma das recomendações
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As condições do asfalto em que o veículo trafega podem interferir diretamente na vida útil dos amortecedores que são desenvolvidos para suportar grandes quilometragens. Também conta a forma de utilização do veículo.
Segundo Jair Silva, gerente de qualidade e serviços a Nakata, é importante ficar atento aos indícios de desgaste dos amortecedores. Entre eles, perda de estabilidade em curvas, balanço excessivo em arrancadas e freadas, vazamento de óleo, barulhos anormais; ou quando as rodas pulam excessivamente em trajetos de solos irregulares.
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Ele lembra que, para manter o veículo seguro e evitar desgaste prematuro de componentes tais como pneus e amortecedores , é importante fazer alinhamento e balanceamento de rodas a cada 10.000 km. Isso também deve ser feito quando o veículo passar por um buraco que provoque forte impacto na suspensão ou se o condutor notar comportamento anormal do automóvel.
Outra recomendação é efetuar revisões periódicas no conjunto de suspensão, em oficina de confiança ou em concessionárias. Isso deve ser feito a cada 40 mil Kms rodados.
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