Som alto pode prejudicar a audição - Reprodução
Som alto pode prejudicar a audiçãoReprodução
Por O Dia

Depois de um dia cansativo de trabalho ou após uma discussão, entrar no carro e ligar o som pode ser tudo que alguns motoristas querem para aliviar o estresse. Apesar de relaxante num primeiro momento, essa prática pode, no entanto, interferir diretamente na atenção do condutor às diferentes situações do trânsito. Para entender a influência do som alto na direção, o jornal O DIA conversou com especialistas sobre o assunto.

"O motorista deve ter bom senso. Se o som do carro impede que ele ouça tudo o que acontece à sua volta buzinas, sirenes de ambulâncias, viaturas , é sinal de que alguma coisa está errada", explica Fernando Diniz, presidente da ONG Trânsito Amigo. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), configura infração grave transitar com som acima do volume máximo estabelecido pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que é de 80 decibéis, medidos a 7 Km de distância. O motorista flagrado nessa situação, de acordo com a regra, poderá ser multado em R$ 195,23 e perder cinco pontos na carteira.

Para Diniz, outro item que influencia na direção é a utilização do telefone celular. "A direção combina muitos fatores, mas um dos principais para que tudo funcione perfeitamente é a atenção do motorista. O celular deve ser evitado ao máximo, até nas situações em que o carro estiver parado", diz ele.

O contador Luiz Abílio, por exemplo, já viveu na pele os efeitos negativos de se ouvir som alto no carro. "Eu e minha noiva viajávamos para a Região dos Lagos, ouvindo música nas alturas durante o trajeto, quando batemos no carro da frente. Foi um susto", explica.

Nesse sentido, um artigo sobre a influência da música na direção realizado por pesquisadores da Universidade de Groningen, dos Países Baixos, apontou que ouvir música aumenta o esforço mental do motorista. Entretanto, esse trabalho é compensado pelo cérebro e pode não interferir diretamente na condução. Tudo depende da situação.

Já para Adriana Cavalcante, psicóloga e especialista em clínica e trânsito, a música pode ser, sim, um fator agravante em situações que demandam a atenção do motorista. "Pode provocar uma euforia, e essa, por sua vez, pode interferir na capacidade de reação do condutor", comenta.

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