Mudanças têm deixado os motoristas confusos - Reprodução
Mudanças têm deixado os motoristas confusosReprodução
Por Lucas Cardoso

Rio - A quantidade de transferências de veículos usados aumentou 15,6% entre janeiro e abril deste ano sem contar as que não foram registradas nos departamentos de trânsito do país. O dado da Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotores (Fenabrave) é mais um reflexo do aquecimento do mercado automotivo, que inclui automóveis novos. Mas atenção: existem cuidados necessários nesse tipo de transação envolvendo pessoas físicas. Levá-los em consideração evita muita dor de cabeça.

Em primeiro lugar, é necessário ter conhecimento das etapas de transferência. O diretor de vendas da concessionária Dive (Ford), Ruy Machado, explica que muitos transtornos podem ser evitados quando o proprietário vendedor dá entrada no comunicado de venda via Detran, o que nem sempre é feito. "Se o dono antigo seguir as orientações desse órgão, tudo aquilo que o novo responsável pelo carro fizer será de responsabilidade apenas dele: dívidas com multas e IPVA, por exemplo", esclarece.

Para se ter uma ideia, 770 mil carros usados foram vendidos no país em abril, e os seus registros foram oficializados nos departamentos de trânsito. Esses certamente não terão problemas. No entanto, muitas operações ainda são 'de gaveta', casos em que a nova propriedade não é oficializada.

Não passar pelo Detran pode causar, por exemplo, transtornos como aqueles sofridos pelo motorista Diego Ferreira, de 33 anos. "Após ver o anúncio de um veículo, procurei o proprietário e fiz a avaliação do automóvel com meu mecânico, mas fui desatento na hora de avaliar a documentação. Tive muita dor de cabeça. No final, descobri que o documento do carro se tratava de uma segunda via e não continha as atualizações de transferência". Segundo Diego a primeira dona da Fiat Elba ano 1988 havia vendido o automóvel para uma loja, mas o estabelecimento não tinha concretizado o processo de transferência.

Custos

Os custos para transferência podem chegar a R$ 400 no caso de carros financiados. Quando a compra do usado é feita em lojas e concessionárias, a transação frequentemente é mais fácil. "Carros vendidos na concessionária já saem com taxas como DUDA e alienação pagas. Até agendamos a transferência no Detran. O cliente só precisa fazer a parte dele e comparecer", diz Machado, diretor da Dive.

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