
Rio - O número de carros com defeito de fabricação cresceu 11,6% no primeiro semestre de 2018 em comparação com o mesmo período de 2017. Conforme levantamento realizado pelo DIA com base em dados revelados pelo Procon e também pelos chamamentos das montadoras, foram convocados 1.3 milhão de carros. A Chevrolet foi a marca que mais acionou os proprietários. Foram 541.412 ao todo.
O grupo FCA (Fiat, Chrysler e Automobiles) ficou em segundo lugar no ranking das montadoras que mais convocaram modelos para o recall. Já na listas das que promoveram campanhas para troca de peças, o grupo FCA aparece em primeiro, com nove campanhas divulgadas e pouco mais de 323 mil solicitações de comparecimento nas concessionárias.
Nesse cenário, o problema mais comum foi defeito no sistema de airbags. Em alguns casos, o equipamento pode acionar involuntariamente, ou simplesmente não acionar. Em segundo lugar, estão danos na parte elétrica, que podem causar incêndio no automóvel.

De acordo com dados do Ministério da Justiça, proprietários de sete em cada dez carros não atendem aos recalls das montadoras. Como mais de 90% desses chamamentos se referem a reparos em itens de segurança, significa que uma grande parte da frota que está nas ruas proporciona riscos de acidentes. O índice de adesões a convocações, segundo a pasta, é de cerca de 28%.
Líder no número de unidades convocadas no ano passado, a montadora Toyota ficou em terceiro lugar na realização de campanhas: foram quatro, com mais de 183 mil proprietários acionados. Entre os modelos que tiveram problemas estão: Corolla, Hilux, Prius e SW4. Já a Ford, Honda e Nissan vêm logo em seguida, com 90.980, 86.516 e 38.515 carros com danos, respectivamente.
Para quem acha que o problema só ocorre por aqui, o cenário nos Estados Unidos pode assustar: somente em 2016, foram realizados 53,2 milhões de recalls. Foi o pior ano da história da indústria automobilística no país.