Rio - Durante as férias de julho, muitos motoristas saem das suas cidades para fugir dos grandes centros urbanos. Não importa qual for o destino. Pode ser para a praia, uma subida para a serra ou um trecho de terra por longas viagens rodoviárias. O estado de conservação das estradas e as frenagens geralmente ocasionam desgastes desiguais nos pneus, podendo deixar o motorista na mão. Itens decisivos para a segurança do motorista e dos passageiros, é importante que o conjunto receba a atenção do proprietário do automóvel após o retorno.
"Com o estresse provocado por percursos maiores de longas quilometragens, muitas vezes em declives e curvas que o motorista desconhece, os pneus são exigidos de maneira diferente do habitual", explica Felipe Zacarias, engenheiro e piloto do campo de provas da Goodyear.
De acordo com o especialista, a primeira avaliação que o motorista deve fazer é a da conferência das pressões dos pneus, sempre seguindo as indicações do manual do proprietário do veículo. Também é necessário checar se não há desgastes desiguais, corte ou deformações, prego ou elemento cortante preso ao componente. "Muitas vezes, o motorista nem percebe coisas importantes, como a falta de um dos parafusos da roda ou a condição da válvula (ou bico) que pode ressecar, por exemplo, devido ao contato com xixi do cachorro, óleo, graxa", orienta.
LIMITE DE SEGURANÇA
Para Leonardo Igrejas, responsável pela RJ Pneus, centro automotivo especializado no assunto, a condição dos amortecedores, suspensão e sistema de freios é importante para que o motorista retome a sua rotina sem correr maiores riscos. "O motorista deve avaliar a profundidade das ranhuras, que sempre precisam estar acima da marcaçã TWI (1,6 mm). Fora desse padrão, aumenta a possibilidade de furos e na ocorrência de possíveis instabilidades em pistas molhadas, aumentando assim a probabilidade de derrapagens. E elevando a necessidade de um espaço maior para frenagens", explica o especialista.
Outro sintoma de uma viagem desgastante para os pneus e para o carro é a condição da direção. De acordo com o profissional, puxadas para a direita ou para a esquerda, volante desalinhado em relação à direção que o carro segue, podem ser sinais de que o carro está precisando de um alinhamento. Contudo, se a direção estiver trepidando, o problema é falta de balanceamento. "Se esses defeitos não forem corrigidos, o pneu vai se desgastar de maneira prematura e errada. O que deve influenciar na qualidade da frenagem, além de afetar a leitura dos sensores do ABS e do controle de tração", alerta Leonardo Igrejas.