Conjunto de iluminação conta com assinatura em LEDs, lanternas na traseira, interior em dois tons (preto e vinho). Visual é parecido com o do irmão menor - Lucas Cardoso
Conjunto de iluminação conta com assinatura em LEDs, lanternas na traseira, interior em dois tons (preto e vinho). Visual é parecido com o do irmão menorLucas Cardoso
Por Lucas Cardoso

Rio - Lançado em fevereiro, o Fiat Cronos faz parte de um novo tempo para a marca italiana no mercado brasileiro. Depois da frustração com os resultados de Linea e até das versões mais equipadas do Grand Siena, a marca investiu novamente no segmento. Parte importante do ecossistema de sedãs compactos, o modelo abusa das linhas agressivas e é vendido em cinco versões. Para explorar suas qualidades, o DIA avaliou a configuração mais cara do modelo, a Precision AT6, que custa R$ 69.990.

Na primeira oportunidade para testar o câmbio automático do modelo, impressiona a qualidade da transmissão. Acoplado ao motor 1.8 E.Torq, que rende 139 cavalos e torque máximo de 19,3 quilos, o sistema realiza com maestria as trocas. Além de opção de trocas pela própria manopla, com um movimento sutil na alavanca para o lado, o modelo conta com aletas para a mudança atrás do volante.

Foram pouco mais de 300 quilômetros rodados em pouco mais de uma semana. Nesse período, as situações simularam uma utilização normal na cidade. Muito trânsito e vias esburacadas pelo caminho. Graças à motorização, não faltou desempenho para o modelo. Ultrapassagens, retomadas e saídas não representaram um desafio para o Cronos. Parte do sucesso é atribuído ao câmbio automático de seis marchas.

Versão topo conta com frisos cromados na dianteira, lateral e traseira - fotos Lucas Cardoso

Frente ao modelo manual, outra vantagem do câmbio é a maior economia de combustível. A versão com a transmissão tradicional também foi avaliada. À época, o modelo apresentou consumo médio de 10,6 km/l. O resultado é inferior ao conquistado pela versão automática (11,2 km/l).

Assim como nas outras versões, o trabalho de suspensão e isolamento acústico da Precision AT6 é primoroso. Mesmo com o caos das buzinas de um centro urbano como é o do Rio, o interior da cabine se mantém silencioso. É só alegria!

Interior combina materiais de boa qualidade em dois tons (preto e vinho). Visual é parecido com o do irmão menor, o Argo - Lucas Cardoso

Visual

Por fora, os vincos vistos no capô, para-choques, lateral e até no teto fortalecem a proposta agressiva do modelo. No interior, assim como as demais versões, o design se mantém irretocável. Console traz boa ergonomia para o controle dos instrumentos, como ar-condicionado e uma central multimídia flutuante, que tem posição privilegiada no olhar do motorista.

Depois de alguns dias ao volante, alguns erros ficam mais evidentes cometidos pelo modelo. O primeiro deles é a má configuração de porta-objetos. O porta-copos à frente da manopla, por exemplo, é tão pequeno que não cabe nem um copo, o único item para o qual foi criado. O espaço das portas também é mal aproveitado.

Apesar de a largura limitar estripulias no interior (1,72m), fica a sensação de que o Cronos merecia um console central mais elaborado.

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