Rio de Janeiro, 14/12/2018 - Retomada da Intendente Autoshoping. Foto: Luciano Belford/Agencia O Dia - Luciano Belford/Agência O Dia
Rio de Janeiro, 14/12/2018 - Retomada da Intendente Autoshoping. Foto: Luciano Belford/Agencia O DiaLuciano Belford/Agência O Dia
Por Lucas Cardoso

Rio - De carona no reaquecimento da economia, lojistas projetam a retomada da Estrada Intendente Magalhães como o principal polo automotivo do Rio em 2019. As ações das lojas do ramo para aumentar as vendas já começam neste fim de ano, com descontos e taxas vantajosas na queima do estoque. A boa perspectiva de negócios na região é reforçada com os números do segmento. De janeiro a outubro, as vendas financiadas tiveram um crescimento de 7,5% em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Sistema Nacional de Gravames, base integrada de informações que reúne o cadastro de veículos em todo o país.

Roberto Lopes, dono da multimarcas Robmar Automóveis, está otimista. Segundo ele, o setor de automóveis vem se beneficiando com a maior confiança do consumidor, o crédito facilitado e a queda nas taxas de juros.

"O momento é positivo e a nossa ideia é aproveitar essa maré já em dezembro. Estamos preparando uma queima de estoque para as próximas semanas, com preços mais em conta e outras facilidades para o cliente. Nossa expectativa para 2019 é das melhores", explica.

Ralph Lemos, gerente do Grupo Dirija (Ford Barrafor, Chevrolet Dirija, Renault Space e Kia Clan), aposta no histórico da região para atrair mais clientes. "A Intendente é um polo importante para o setor automotivo do Rio desde a década de 1980. Comprei o meu primeiro carro aqui, há 20 anos. Essa tradição vai ajudar a impulsionar as vendas quando a economia do país melhorar", destaca.

Seminovos em alta

Para Leonardo Dias Gonçalves, dono da Multimarcas Montana, os seminovos e usados são os que mais atraem o consumidor pelo preço. "Depois do primeiro ano de fabricação, o carro não tem mais uma desvalorização tão grande. Além disso, com um seminovo, o consumidor não tem que se preocupar com o pagamento de taxas, como as do emplacamento e IPVA", explica.

Histórico de pagamento

Na Intendente há quase 30 anos, Roberto Lopes, da Robmar Automóveis, recomenda ao consumidor que fique atento ao relacionamento com o banco e instituições financeiras, até mesmo antes de tentar adquirir um carro por financiamento. "O banco tem acesso a todo o histórico de pagamentos do cliente. Esse registro é chamado de 'score'. Se esse dado revelar que o cliente é um mau pagador, será mais complicado de conseguir a aprovação de crédito. Isso sem falar na alteração de taxas, número de parcelas e valor do bem financiável", alerta o empresário.

MAIS VENDIDOS
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Os modelos sedãs e hatchs compactos com até três anos de fabricação são os mais procurados pelos clientes que atuam em serviços de transporte por aplicativo. A avaliação é de Roberto Lopes, da Robmar Automóveis. "Esses motoristas procuram sempre carros espaçosos, com ar-condicionado. Entre os mais procurados, posso citar o Renault Logan, o Volkswagen Voyage e o Fiat Grand Siena", aponta Lopes.
O benefício para os motoristas de carros por aplicativo é parecido com o que é oferecido para taxistas. Em algumas lojas, o desconto para o profissional autônomo na compra de um carro pode chegar a até R$ 2 mil.
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Carro como fonte de renda
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Com o crescimento dos serviços de transporte por aplicativo, o número de motoristas que utilizam o carro como fonte de renda também está contribuindo para aumentar as vendas de seminovos e usados.
O balanço de uma das empresas do setor de transporte por aplicativo aponta um crescimento de 200% no segundo semestre deste ano. O dado confirma uma tendência no país: o aumento de trabalhadores por conta própria. Segundo o IBGE, a quantidade de autônomos no Brasil era de mais de 34,3 milhões no ano passado. O índice supera em 50% o número registrado em 2016. "O carro hoje em dia é também uma fonte de renda. E isso tem movimentado o nosso pátio. O perfil de cliente que compra o carro para trabalhar em serviços de transporte por aplicativo representa 70% dos nossos negócios", estima Leonardo Dias Gonçalves, dono da multimarcas Montana, na Intendente Magalhães.
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