Grade dianteira tem padrão hexagonal ao estilo colmeia e filete em vermelho - lucas Cardoso
Grade dianteira tem padrão hexagonal ao estilo colmeia e filete em vermelholucas Cardoso
Por Lucas Cardoso

Itu (SP) - O sedã do Golf GTI. É assim que nos referimos a versão esportiva do Jetta, a GLI, que chega às concessionárias da marca alemã ainda este mês. E a comparação feita não é mero marketing já que a nova configuração do sedã médio tem o mesmo motor de 230 cv e transmissão automatizada de dupla embreagem do irmão menor. E custa cerca de R$20 mil a menos, já que é vendido por R$ 144.990.

Aí você se pergunta: e porque não é Jetta GTI? Segundo a própria Volkswagen durante o lançamento do modelo, a sigla do Golf é usada apenas para as versões esportivas da carroceria hatch. Por isso, entrou em cena o GLI que mistura o luxo e desempenho. E é isso que vemos logo de cara. O Jetta esportivo traz visual diferenciado do restante da linha. Destaque para o conjunto de iluminação em LED, com assinatura exclusiva e sistema inteligente (FLA) capaz de aumentar a intensidade do faixo de acordo com o ambiente.

Chega, chegando!

Ainda na dianteira, a grade da versão traz elementos da versão GLI, como um friso vermelho e um logo. Aliás, a própria grade passou a ter um padrão colmeia, com aberturas hexagonais. O para-choque dianteiro tem novo desenho para a área das luzes de neblina e difusores. Do lado, há rodas de 18 polegadas. O design da traseira tem a sigla 'GLI', spoiler na tampa do porta-malas, escape duplo e difusor.

Ao entrar no Jetta GLI, percebemos uma mudança em relação às outras versões: o banco do motorista tem ajustes elétricos com memória e refrigeração. Os assentos revestidos de couro com costuras em vermelho ainda têm padronagem mais esportiva, em que há apoio maior para as pernas e costas. O tom também está no pespontado do volante de base reta e aro mais grosso — igual ao do Golf GTI. Diferente do restante da linha, a opção traz aletas para trocas de marcha.

Banco elétrico

O quadro de instrumentos digital com tela de 10 polegadas e o botão AutoHold, que mantém o freio acionado em paradas curtas, mesmo se você tirar o pé do pedal, também são diferenciais. O padrão premium segue no sistema de som da marca Beats, com conjunto de alta fidelidade. São quatro alto-falantes, dois tweeters e um subwoofer com ajustes especiais. Igual mesmo é o multimídia de oito polegadas compatível com Android Auto e Apple Car Play. O Jetta GLI só tem dois opcionais: o teto solar (R$ 4.990) e a pintura Cinza Puro (R$ 1.500).

Já que falamos de tudo que muda, vamos lembrar do que não muda. O Jetta GLI, assim como as outras versões, não traz saídas de ar para a segunda fileira de assentos — algo que o Virtus, seu irmão menor e mais barato, conta. Outra 'falha' do modelo está no acabamento interno que, com exceção dos bancos, é praticamente igual ao das outras versões. Os plásticos duros continuam ali e te levam a pensar nos R$ 144.990 pagos.

Pura disposição!

Mas basta virar a chave do Jetta esportivo para esquecer completamente o preço. O despertar do motor 2.0 TSI de 230 cv é rouco e ressoa pelo interior da cabine. Uma canção para os ouvidos de qualquer um. Conhecemos o modelo durante o evento de lançamento, em São Paulo. Foram mais de 200 km de percurso do centro até a cidade de Itu, com trechos de urbanos, em que o pé coçava para acelerar, e outros em rodovia, onde o sedã esportivo mostra disposição.

Basta abrir espaço para que o motor de 35,7 kgfm de torque apareçam. Disponível já em baixo giro (1.500 RPM), a força garante ultrapassagens, retomadas e saídas sem a menor dificuldade para sedã. Sobra emoção. Segundo a Volkswagen, ele acelera de 0 a 100 km/h em 6,85 segundos (2 décimos abaixo do irmão GTI) e tem máxima de 250 km/h limitada eletronicamente. A relação entre o motor 2.0 turbo e a transmissão automatizada de dupla embreagem, com engrenagens banhadas a óleo é outro ponto forte.

A comunicação é intensa e sempre rápida, sem engasgos e mudanças atrasadas. A não ser que você queira, é claro. Se esse for o caso, é só posicionar o seletor de modos na posição 'S' de Sport. Nessa opção, as 'ajudas' eletrônicas que o carro oferece ficam mais brandas e as passagens de marcha só acontecem em giros elevados, o que faz o carro responder mais rápido aos estímulos do motorista. É de se impressionar.

Ao volante

A dirigibilidade do sedã esportivo é aprimorada na versão GLI pelo sistema de suspensão independente em cada uma das rodas. O conjunto também reduz a sensibilidade do carro às imperfeições do asfalto. A direção elétrica progressiva com relação variável colabora para a condução. Em situação de manobra, com apenas uma volta do volante a roda já está completamente esterçada.

Mas não basta acelerar e fazer curvas, um esportivo que se prese precisa frear bem. Equipado com um sistema de freios com discos 10% maiores, em relação ao restante da linha, o Jetta pode se gabar de ser um dos concorrentes com melhor distância de frenagem no 100 km/h a 0: 37,5 metros.

No geral, a proposta de carro vigoroso remete ao Golf GTI. A diferença óbvia está no tamanho dos dois. Ao contrário do hatch, o Jetta GLI pode facilmente ser um carro para a família. O entre-eixos 2,68 m e o porta-malas de 510 litros que o digam. Sobra espaços para os joelhos de quem vai na segunda fileira, mas a fileira funciona melhor para apenas duas pessoas.

Tecnologias

Assim como as outras versões, o novo Jetta topo de linha tem uma lista grande de itens de segurança e tecnologia. Há controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, controlador automático de velocidade, assistência de condução, que atua freando e acelerando o carro. Frenagem pós-colisão e de manobra, seis airbags, bloqueio eletrônico do diferencial e sistema Start/Stop.

 

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