Quem tem mais de 30 anos ou está perto disso, conviveu com alguns carros que marcaram época. Ter um Gol GTS ou um Passat GTS Pointer no início da década de 1980 era para poucos. No caso do Gol, diferentemente dos 'quadradinhos' tradicionais, o modelo mais apimentado trazia motor 1.8 de 99 cv, bancos Recaro e o melhor 0 a 100 km/h da época: 10,8 segundos. O tempo passou, 26 anos para ser mais exato, até que a Volkswagen confirmasse o retorno da sigla aclamada, dessa vez na pele do hatch Polo.
O hatch chega por R$ 99.470 com motor 1.4 TSI de 150 cavalos e torque de 25,5 kgfm. O câmbio é automático de seis marchas, os bancos esportivos inteiriços, com abas laterais mais volumosas e há seletor de modos de condução. Mudam também as suspensões e acerto de direção. A união do motor 250 TSI ao câmbio tiptronic de seis marchas faz o Polo GTS alcançar os 100 km/h em 8,7 segundos (cinco décimos mais rápido que a versão 1.0 TSI) e a máxima de 207 km/h.
Visual exclusivo
O design do Polo GTS tem personalidade própria por dentro e por fora. Na dianteira, o para-choque adota grade em formato colmeia, detalhes em preto na moldura das luzes de neblina e friso vermelho na grade. O tom chega a invadir os faróis que, diferente dos antigos GTS, são de LED — mesmo detalhe do Golf GTI. Do lado, mudam as rodas de liga leve de 17" e saias. A traseira tem escape duplo esportivo e spoiler integrado à tampa do porta-malas.
Assim como no design externo, o interior da versão ganha apenas retoques. São detalhes em vermelho painel, console e costuras no volante de couro. Os bancos têm formato esportivo e padronagem com maior apoio para o corpo. É mais ou menos como se eles te abraçassem. O revestimento mescla couro e tecido similar ao camurça. Uma pena não ser um Recaro. O que segue igual mesmo é o excesso de plásticos na cabine. Ainda bem que o Polo GTS traz os diferenciais tecnológicos da família: painel TFT 10" e a central de 8" .
Primeiro entre os compactos da Volkswagen a ter sistema de modos de condução personalizáveis, o Polo GTS se destaca pelo comportamento entregue na posição Sport. Nela, que é a mais nervosa, as assistências eletrônicas são aliviadas para deixar a relação homem e máquina ainda mais intensa. As outras opções, todas mais mansas, são: normal, eco, e individual.
Diferente do hatch dos idos anos 90, o modelo novo tem muita tecnologia embarcada. São seis airbags, controles de tração, estabilidade, assistente de rampa e diferencial blocante, capaz de enviar torque para as rodas externas e frear as internas eletronicamente para garantir melhor desempenho. Tudo já de série.
O modelo tem, ainda, sistema start-stop 2.0, que o faz ter consumo de 11 km/l (cidade) e 13,6 km/l (estrada), na gasolina, e 7,5 km/l e 9,6 km/h (cidade/estrada), no etanol.
A lista de equipamentos é a mesma da versão Highline. Os únicos opcionais são o sistema de som Beats (R$ 2.400) e a pintura metálica (R$ 1.570). Completo, o Polo GTS ultrapassa a casa dos seis dígitos, cobrando R$ 103.440 — o valor é R$ 17.100 mais caro que o cobrado pela versão Highline completa, com som beats painel digital.