Onix Premier tem roda de liga leve com 16 polegadas - fotos Lucas Cardoso
Onix Premier tem roda de liga leve com 16 polegadasfotos Lucas Cardoso
Por Lucas Cardoso
Rio - A nova geração do Chevrolet Onix, lançada no fim do ano passado, está em outro patamar. A palavra da moda usada pela torcida do Flamengo define bem o momento vivido pelo compacto mais vendido do Brasil desde 2015. Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), só em janeiro e fevereiro, o modelo emplacou mais de 35 mil unidades. O número é o dobro das vendas dos seus concorrentes mais vendidos: Ford Ka (15 mil) e Hyundai HB20 (14 mil).
Sem ninguém à frente, o Onix 2020 começou com tudo neste ano e promete tranquilidade para manter a ponta. Alguns elementos justificam essa posição de destaque, os mais recentes chegaram com a linha 2020. Entre eles, o motor turbo, carregador sem fio, park assist, wifi a bordo, seis airbags e preço competitivo.
Publicidade
As versões com mais equipamentos acabam se destacando nas concessionárias. Uma das mais procuradas, a Premier (topo de linha), chama atenção pela sua lista recheada de itens, muitos deles impensáveis até pouco tempo para o segmento. Foi com essa versão, vendida por R$ 71.990, que O DIA rodou por pouco mais de 350 km e sete dias. A distância foi o suficiente para perceber a qualidade do conjunto entregue pela segunda geração.
A começar, é claro, pelo desempenho do motor turbo 1.0 de 116 cv instalado na versão. Com ele, o modelo é esperto na medida certa e entrega força com folga em quase todas as situações. Saídas de sinal, ultrapassagens e retomadas não são um problema para o três cilindros, que trabalha com injeção indireta. O rendimento nas situações do dia a dia é resultado dos 16,8 kgfm de torque entregues a baixos 2.000 rpm. Você mal pisa no acelerador e pronto, lá estão eles. 
Publicidade
O motor trabalha em conjunto com a transmissão automática de seis velocidades. O sistema encaixou bem no conjunto. Prova disso, o consumo de combustível médio ficou na casa dos 12,2 km/l (cidade/estrada). Além da ajudinha no consumo, durante a avaliação, não percebemos nenhum tranco inesperado, seja em reduções ou subidas de marcha.
O Onix é um carro divertido de se guiar, mas poderia ser mais se tivesse uma opção menos 'enjoada' (e incansável) de troca de marchas simuladas. Assim como as demais versões sem o pedal da embreagem, ele mantém as trocas pelo botão na manopla do câmbio. Saudades aletas atrás do volante. 
Publicidade
A ergonomia ao volante é outro ponto alto dessa segunda geração. No novo Onix, o motorista tem melhores ajustes de posição do banco, encosto e coluna de direção, quando comparado aos modelos antigos. O volante, com revestimento em couro e boa pegada, por exemplo, agora pode ser ajustado em altura e profundidade. Os bancos tem bom apoio lateral para as costas, mas poderiam ser mais extensos, para sustentar melhor as pernas.
A direção elétrica tem boa precisão e ótima transição de peso, com leveza para manobras e maior peso em velocidades elevadas. O sistema de suspensão é firme e confortável na maioria dos pisos. Em algumas situações, com desníveis maiores, no entanto, percebemos algumas batidas. As rodas aro 16, com pneus de perfil alto, reduzem essa sensação, mas não por completo.

Publicidade
Acabamento
Por dentro, assim como a versão Plus, o hatch entrega acabamento acertado, mas incomoda o excesso de plástico. Só há material de melhor acabamento nos apoios de braço dianteiros, que têm revestimento de couro sintético caramelo.
Publicidade
O painel de instrumentos com dois mostradores analógicos (velocímetro e conta-giros) e computador de bordo pequeno, é simples mas agrada. A central MyLink 3 de sete polegadas é rápida, tem boa resolução e funções de práticas. O roteador Wifi possui sinal melhor que os smartphones e permite conectar até sete smarphones, mas tem um porém: pagar mais uma conta de telefone para o carro pode ser um problema.
Publicidade
Espaço interno
Os 13 cm a mais em comprimento, em relação à linha Joy, garantidos pela nova plataforma, deixam a vida de quem senta atrás no novo Onix mais confortável. Quem vai nas extremidades da segunda fileira, por exemplo, tem espaço de sobra para joelhos.
Publicidade
O eventual quinto passageiro se sacrifica um pouco mais, especialmente se tiver mais de 1,75m. Vale destacar que a segunda geração ficou três cm maior em entre-eixos (2,55 m). O espaço para bagagens caiu de 280 para 275 litros, mas na prática não percebemos a redução.
Graças aos sensores dianteiros, traseiros e câmera de ré de alta resolução, os centímetros a mais não atrapalham na hora de fazer o modelo entrar na vaga. Ele traz ainda outros sistemas que ajudam a vida do motorista ao volante, como DLR, sensor crepuscular, chave presencial (partida e acesso) e controles de estabilidade, tração e partida em rampa.
Publicidade
As mudanças da nova linha deixaram o hatch Onix maior, mais equipado, potente e econômico. A evolução é tudo que boa parte dos consumidores do segmento esperava.