A central multimídia, içada para facilitar a vida do motorista, é outro acerto do modelo. O sistema é rápido, intuitivo e tem boa transição entre as funções. No console central, a marca manteve (ainda bem) o porta-objetos com tampa corrediça. Os décimos perdidos no quesito interior pelo sul-coreano estão no painel de instrumentos, que embora traga as informações necessárias, deixa o modelo menos atual e faz lembrar os sistemas usados em motos e, ironicamente, o dos antigos Chevrolet Onix, com conta-giros à esquerda e velocímetro digital à direita.
No detalhe, a lista de itens da versão Diamond Plus, mais completa da linha, traz, ainda, chave presencial, partida por botão, piloto automático e limitador de velocidade. Há também retrovisores rebatíveis, bem como controles de tração, estabilidade e assistente de partida em rampa, câmera de ré, com sensor traseiro, e quatro airbags - dois a menos que o concorrente Onix de entrada. Os faróis do sul-coreano têm projetores e assinatura em LED. As lanternas, por outro lado, têm luz convencional.
Espaço interno e ergonomia
No quesito ergonomia, o novo HB20 é bem mais fácil de se encaixar que seu antecessor. Isso porque o modelo tem ajustes de dois eixos no volante, além das alavancas manuais para mudar a altura e inclinação do banco do motorista. E embora o assento seja um pouco estreito, traz bons apoios laterais para as costas e pernas.
Para quem vai atrás, o espaço no banco é bom . Vale lembrar que o HB20 novo espichou nas medidas de entre-eixos (2,53 m, 3 cm maior) e largura (1,72m, 4 cm maior). Mesmo com o aumento, o ideal é levar até quatro pessoas, mas o eventual quinto passageiro só passa sufoco para acomodar os pés, por conta da elevação do túnel central.
Ao nível de segurança, há apoio de cabeça e cintos de três pontas para todos. O que o HB20 fica devendo mesmo são mimos para os passageiros da segunda fileira. Por falar em quem vai atrás, nessa fileira sentimos falta de uma porta USB. O modelo só traz duas portas para quem vai na frente.
Percepção ao volante
Ao volante, o hatch sul-coreano mostra a que veio. Isso porque o 1.0 TGDI, com injeção direta, que rende 120 cv de potência e 17,5 kg de torque, dá agilidade ao modelo. Basta pisar e lá está a força necessária para a maioria das tarefas encontradas no ambiente urbano. O comportamento dá a ele um dos melhores desempenhos do segmento, ficando atrás apenas dos motores 1.0 TSI da Volkswagen. Ladeiras, saídas e retomadas não são problemas para o HB20, mérito do câmbio automático de seis marchas que não erra na hora das mudanças.
Na opção de trocas manuais, seja no volante ou no câmbio, a sensação de bom desempenho é ainda maior. A transmissão permite mudanças esticadas até 6000 mil rpm, sendo o torque máximo entregue já nos 1.500 rpm. Força que não compromete o consumo de combustível que, segundo Inmetro, é de 8,6 km/l e 10,3 km/l (cidade/estrada) com etanol, e 12,2 km/l e 13,9 km/l (cidade/estrada) com gasolina. Vale lembrar que o modelo conta com o sistema start-stop, que ajuda nesse quesito.
A versão mais equipada do HB20 segue com preços congelados e ótimo nível de equipamentos de segurança. Peca em alguns detalhes, mas se destaca pelo nível de acabamento interno, talvez o melhor da categoria. São pontos positivos e negativos, que valem a dúvida do comprador na hora de fechar a compra de um hatch.
Ficha técnica
Modelo e preço: HB20 Diamond Plus; R$ 77.990
Motorização: 1.0, 3 cilindros, 12 válvulas, turbo e injeção direta, flex
Potência e torque: 120 cv a 6.000 rpm / 17,5 kgfm a 1.500 rpm
Transmissão: automática de 6 marchas; tração dianteira
Suspensão: independente McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira
Rodas e pneus: liga-leve aro 15 e pneus 185/60 R15
Freios: discos ventilados na dianteira e tambor na traseira; ABS e EBD
Dimensões: comprimento 3.940 mm, largura 1.720 mm, altura 1.470 mm, entre-eixos 2.530 mm, peso 1.091 kg, tanque 50 l e porta-malas 300 litros