Belford Roxo - Estão em análise na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), propostas que proíbem a utilização de linguagem neutra por escolas públicas e privadas. O objetivo é proteger os estudantes brasileiros da deturpação da língua portuguesa, já que a linguagem neutra usa outras vogais, símbolos ou consoantes que não identificam o feminino ou masculino nas palavras.
Termos como “alune” (em vez de aluno ou aluna), “amigues” (em vez de amigos ou amigas) e “todes” (em vez de todos ou todas), entre outros exemplos.
“Precisamos assegurar que os estudantes tenham o direito de aprender a norma culta da língua portuguesa, conforme as legislações vigentes no país. Eu sou contra a ideologia de gênero nas escolas, contra a linguagem neutra. Uma educação de qualidade vai além de qualquer ideologia”, afirma a deputada Daniela do Waguinho (MDB-RJ), coautora do projeto de lei 2650/21 junto com a deputada Geovania de Sá (PSDB-SC).
Pedagoga e coordenadora na Região Sudeste da Frente Parlamentar da Primeira Infância, Daniela do Waguinho defende que as formas linguísticas consolidadas ao longo de séculos são um patrimônio de cada povo, e que a língua não evolui por processos artificiais.
Na justificativa do projeto de lei é destacado que a linguagem neutra tem sido utilizada por escolas em documentos e até mesmo na comunicação com os alunos. “Uma língua é adquirida, é aprendida, não é inventada; e não é aceitável que essa ilegítima invenção seja reproduzida justamente no local onde os estudantes deveriam aprender a utilizar a Língua Portuguesa de acordo com as regras gramaticais”, diz o texto do PL 2650/21.
A proposta tramita junto ao PL 173/2021, com a mesma finalidade, alterar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - para vedar a utilização de linguagem neutra por escolas públicas e privadas.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.