Cabo Frio - Seguindo uma triste realidade nacional, o número de casos de violência contra a mulher cresceu assustadoramente também no município de Cabo Frio, como temos noticiado por aqui em O Dia - leia aqui, https://odia.ig.com.br/cabo-frio/2020/07/5961835-homem-tenta-esfaquear-sua-mulher-em-cabo-frio-e-e-preso.html - Segundo a Coordenadora-Geral dos Direitos da Mulher e do Centro Especializado de atendimento a Mulher da cidade, Nilma Carneiro, os atendimentos presenciais aumentaram em 20% e os atendimentos por telefone cresceram cerca de 50% nesse periodo de pandemia do novo conronavírus.
'Foram realizados 733 atendimentos até o dia 30 de junho deste ano. O serviço não fechou durante a pandemia e a quarentena, só afastamos os servidores do grupo de risco, pois o serviço do Centro Especializado de atendimento a mulher está na lista dos serviços essenciais e o número de denúncias aumentou consideravelmente', explica a Coordenadora. O município em relação à violência contra a mulher conta, além da Coordenadoria Geral dos Direitos da Mulher e do Centro Especializado de atendimento a Mulher, com a Patrulha Maria da Penha e com a Delegacia Especializada de atendimento a Mulher (DEAM).
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'Violência contra a mulher não é só aquela que deixa marcas no corpo, ameaças, manipulação, humilhação, limitação do direito de ir e vir, são tipos de violência constantes, são violências psicológicas e depois vem a física e a lesão corporal. Quando a mulher chega a fazer a denúncia é porque a situação está insustentável', explica Nilma Carneiro, Coordenadora-Geral dos Direitos da Mulher, lembrando de um caso que mais a sensibilizou, quando ouviu de uma mulher que o seu corpo estava sem marcas, mas que sua alma estava destruída. Outro fator que marca, e sensibiliza, segundo ela, é quando vêem as crianças no meio dessa violência, já que os casais geralmente possuem de 2 a 3 filhos: 'Os relatos dessas crianças para a pedagoga são terríveis. A nossa equipe é formada por psicóloga, advogada, assistente social e pedagoga. Algumas mulheres conseguem se libertar e recomeçar as suas vidas com ajuda, mas não é fácil, porque envolve os filhos e a dependência financeira', afirma.
Não fique calada, Denuncie. Procure ajuda!!!
