Na visita, foi descoberto que 26 balas de oxigênio, que atendem à UPA de Tamoios, encontravam-se vazias, sem condições de uso, o que prejudicou o atendimento aos pacientes internados. Por conta disso, os pacientes que estavam na sala amarela foram imediatamente levados por ambulâncias da rede municipal para o Hospital Municipal Otime Cardoso dos Santos (HMOCS), no Jardim Esperança. Já os pacientes em estado mais grave, internados na sala vermelha, foram encaminhados para a o Hospital Municipal São José Operário, em São Cristóvão.
A situação foi regularizada ainda na quinta-feira, com a chegada de mais suprimentos, e o atendimento na UPA de Tamoios esteve com fluxo normal durante todo o dia. Entretanto, a falha de vigilância foi avaliada como "gravíssima" pelo secretário de Saúde, que anunciou uma série de medidas, dentre elas, o reforço na vigilância na UPA, além de abrir uma sindicância para apurar o ocorrido e identificar responsáveis.
Mais leitos no Hospital do Jardim Esperança
Na sexta-feira (4), a Secretaria de Saúde informou que dobrou o número de leitos para atendimento de pacientes com sintomas de COVID-19 no HMOCS, passando de 12 para 24 leitos na ala de isolamento. O atendimento à população nesta ala está funcionando, com abastecimento normal de insumos e medicamentos para tratamento contra o coronavírus.
Com a abertura desses novos leitos, a expectativa da Secretaria de Saúde é que haja reflexos diretos também na UPA do Parque Burle, onde está montada uma tenda de triagem para pacientes com suspeita de covid-19.
Nos últimos dias, a UPA do Parque Burle recebeu um número acima da capacidade média de atendimento, não só de pacientes com suspeita de COVID-19 como também pessoas que estão com outros problemas de saúde. Além disso, foi notado pela administração daquela unidade um aumento no número de pessoas de cidades vizinhas na procura por atenção de urgência. Somente em novembro, a UPA do Parque Burle realizou 9540 atendimentos nas mais diversas especialidades.
A Secretaria de Saúde informa, ainda, que, especialmente em relação aos pacientes que chegam à UPA do Parque Burle com suspeita de coronavírus que a tenda de triagem que o tempo mais longo de espera, em alguns casos, se deve ao protocolo que é adotado.
Dependendo do período em que o paciente está com os sintomas, além do teste rápido e do RT-PCR (que é feito com swab na mucosa nasal), são necessários outros procedimentos, tais como exame de sangue e tomografia computadorizada. Como alguns destes exames não são realizados na UPA, a Secretaria de Saúde tem um protocolo padrão que inclu a acomodação do paciente, os primeiros atendimentos e a espera pelos resultados. Caso seja necessário, o paciente permanece internado na unidade.