Após a retirada dos alicerces, os agentes foram até a Rua Sinagoga, também em Tamoios, para averiguar a denúncia de uma construção irregular sobre um canal natural de escoamento do Rio Gargoá. Em frente à casa, os fiscais perceberam a presença de cartuchos deflagrados de armas de caça.
O coordenador de Assuntos Fundiários, Ricardo Sampaio, acionou a Unidade de Policiamento Ambiental (UPAM) e solicitou à proprietária da casa que uma revista fosse feita no imóvel.
Após a autorização, os agentes encontraram um rifle calibre 22, uma espingarda calibre 36 e uma espingarda de ar comprimido modificada, 16 cartuchos deflagrados e cinco intactos, 12 peças de roupa camuflada para caça, seis facões, gaiolas, redes e armadilhas. Dentro de um freezer, os agentes encontraram cerca de 100 quilos de carne de animais silvestres, como paca, lagarto e gambá. A carne apreendida será inutilizada após análise.
“Acreditamos que a casa funcionasse como uma espécie de abatedouro de animais silvestres, uma vez que a proprietária confirmou que seu marido era caçador e, inclusive, no momento da revista, dois patos silvestres estavam sendo depenados. Como o marido da dona da casa, após ser chamado por ela ao telefone, não quis comparecer ao local, foi dada voz de prisão a ela, que foi encaminhada à 126ª DP. Temos que destacar o excelente trabalho dos agentes municipais lotados no Distrito de Tamoios, que têm a confiança da população e recebem as denúncias que são prontamente verificadas”, explicou Ricardo Sampaio.
A população pode denunciar invasões e crimes ambientais pelos e-mails cogeafcabofrio@gmail.com e secmacabofrio@gmail.com. O anonimato é garantido.