O fundador e dono da Alphabets, Rogerio Cruz responde a processos judiciais por produção e tráfico internacional de drogasLetycia Rocha (RC24h)
A Alphabets, que se identifica como “uma empresa jovem de tecnologia desenvolvida a partir da expertise dos seus idealizadores com o mercado de apostas esportivas”, promete pagar rendimentos de 300% em até 11 meses.
Morador de Cabo Frio, um dos clientes da empresa, que preferiu não ser identificado, contou à equipe de reportagem do Portal O Dia, que os rendimentos não estão normais.
“O sistema não atualizou, os rendimentos estão anormais, toda hora dão uma desculpa diferente”, conta.
A empresa oferece “planos de licenças” de um suposto software capaz de pagar lucros de 1,2% a 3,2% ao dia em até 11 meses. Os pacotes custam R$ 500 e R$ 100 mil.
Outra cliente da Alphabets, que mora em São Pedro da Aldeia, investiu R$ 1 mil na ‘aposta esportiva’ e já se conformou em ter “perdido tudo”.
“Era meu primeiro mês, eles mudaram a plataforma e os rendimentos estão lentos e ridículos. Nunca recebi nada”, lamenta.
A assessoria da Alphabets disse que os saques são quinzenais e acontecem sempre nos dias 1º e 16 de cada mês, “mas o prazo para pagar é de sete dias”.
Além da problemática no pagamento, aqueles que ainda estão conseguindo fazer o dinheiro render na plataforma, estão enfrentando outro dilema. Agora a empresa cobra uma taxa de 5% sobre o valor sacado, contradizendo o anunciado no site, que promete “depósitos e recebimentos em real em conta bancária, sem taxa de saques”.
Ainda segundo um dos investidores lesados, a empresa funciona com “esquema de pirâmide. Eles tem um programa de bonificação por indicação ou venda das licenças, e também um plano de carreira, que depende do número de indicações e do volume arrecadado. Quanto mais pessoas a gente chama para o negócio, mais dinheiro ganha”.
FUNDADOR RESPONDE PROCESSO POR TRÁFICO INTERNACIONAL DE DROGAS
Conforme a ação penal que corre na Justiça do Rio Grande do Norte, em outubro de 2016, ele foi preso em flagrante no Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante com 3kg de ecstasy, durante operação da Polícia Federal.
Segundo os autos do processo, a droga estava em um fundo falso de uma mala de viagem.
De acordo com acusação do Ministério Público, contida em um habeas corpus impetrado no Superior Tribunal de Justiça (STJ), “o denunciante teria se associado com outras pessoas com intuito de importar, reiteradamente, MDMA (ecstasy) da Europa”.
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