O sistema econômico em que vive boa parte do mundo é bem esperto.
Existem, hoje, algumas raras tentativas de imprimir nas sociedades um senso de sensata solidariedade social.
Estamos tão imersos no jogo, que não percebemos suas escancaradas sutilezas.
O "sistema", para minimizar sua consciência pesada, abre brechas para a "manada" subserviente respirar. Criam-se organizações supostamente não-governamentais, justamente para apagar os incêndios produzidos pelas governamentais. Muitas fundações também cumprem esse papel.
É permitido pensar e falar, até certo ponto. Passou, dançou.
Lembro-me de que, há muitos anos, eu trabalhava numa rádio estatal. O diretor resolveu, por algum motivo, denunciar atos ilícitos do governo local. O departamento de jornalismo passou a disparar denúncias comprometedoras de hora em hora.
Não demorou muito e uma ordem "de cima" mandou parar com a brincadeira. E tudo voltou ao normal.
E é dentro dessa normalidade "que vivemos, nos movemos e temos o nosso ser".
Mas há esperança, aquela "esperança equilibrista", que mostra que "o show de todo artista tem que continuar".
Podemos. Vamos!